sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Vereadores acusam prefeito de Mesquita ‘armar’ eleição para presidente.






Aloma Maria

Fonte: Jornal Hoje.

Os vereadores de Mesquita, Doutora Adna Louzada, Nakan, Gelson Henrique, Marcelo Biriba, Duda e Cris Gêmeas estiveram com o delegado titular da 53ª DP (Mesquita), Julio César, para denunciar o prefeito Gelsinho Guerreiro por calúnia e difamação e ainda por ‘armar’ a vitória do aliado, Professor Max, a presidência da Câmara no dia primeiro deste mês.

Eles alegam que na comissão dos candidatos a presidência da casa legislativa se sentiram prejudicados, pois, Gelsinho Guerreiro intitulou um candidato próximo a ele para ganhar. 

“Bom, nós nos sentimos afrontados pelo excelentíssimo senhor prefeito porque fomos caluniados, houve injúria e difamação contra nossa pessoa. Na comissão dos candidatos a presidência da Câmara nosso grupo foi prejudicado. O prefeito, numa manobra, insuflou os vereadores para superlotar a estrutura física do prédio da casa, pondo em risco a nossa integridade, na condição de pessoa com deficiência. Não tenho como me defender, como correr, e ficamos preocupados com aquela situação. Por conta disso fizemos uma reunião e definimos que não estaríamos presente naquele ato. Como determina o Artigo 81, é necessário 7 vereadores presentes na votação e o atual presidente terá de verificar o quorum no início do processo de votação. 

E isso não foi feito. Foi uma eleição fraudulenta, com apenas seis vereadores presentes. Com isso deram posse ilegalmente a um presidente que hoje responde pela nossa casa”, denunciou o vereador Nakan, que também concorreu para presidente.

De acordo com Nakan houve problemas também na posse dos candidatos eleitos, pois o livro ata da Câmara Municipal havia desaparecido e foram distribuídas folhas avulsas que seriam uma espécie de “minuta a ser transcrita para o livro ata”, que logo depois também foram perdidas.

“Nossa posse começou de forma errada. Foi oferecido um papel avulso para que nós assinássemos. Então eu solicitei ao presidente que presidia a solenidade a presença do livro ata da câmara municipal que registra nossa posse e ele relatou que o mesmo também sumira. Perguntei se já havia sido feito um boletim de ocorrência sobre o sumiço e ele disse que não. O papel que nós assinamos seria uma minuta para ser transcrita numa possível ata, também sumiu e pôs em risco a legalidade da posse dos eleitos”, acrescentou.

Prefeito acusado de ofender vereadores

Segundo o vereador Marcelo Biriba, Gelsinho Guerreiro ocupou a tribuna no dia da eleição a presidência da Câmara e ofendeu os parlamentares, dizendo que “haviam recebido propina”. Segundo Biriba, não há provas sobre essas acusações irresponsáveis.

“Ele subiu à tribuna, falou coisas horríveis sobre nós vereadores. Disse que recebemos dinheiro. Quero que ele prove isso, até porque minha família teve de sair de lá às pressas por conta de todas as ofensas. Como sou uma pessoa pública gostaria de, pelo menos, respeito. Ele colocou nossa integridade como vereadores, como pessoas do bem em dúvida perante a população. O prefeito invadiu a Câmara Municipal cercado por seguranças, para falar mal de nós vereadores”, acusou Marcelo Biriba

Os vereadores entregaram ao delegado Júlio César imagens gravadas no momento da eleição a presidência da câmara, onde mostra o momento que em o prefeito insulta o grupo. O delegado irá apurar as denúncias e as imagens.