sexta-feira, 25 de junho de 2010

Proibição de crédito rural a fazendeiros escravagistas é avanço importante



O MST considera muito importante a medida do Conselho Monetário Nacional (CMN), que proíbe a liberação de créditos agrícolas do sistema financeiro a latifundiários e empresas do agronegócio que mantêm trabalho escravo em suas terras.

A decisão veta as instituições financeiras que integram o sistema de crédito rural no país de contratar ou renovar operações de crédito agrícola a pessoas físicas e jurídicas inscritas na “lista suja” elaborada pelo Ministério do Trabalho.

O cadastro de empregadores que utilizam mão-de-obra escrava contém 158 propriedades rurais de todo o país. A maioria é de fazendas localizadas no Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí.

A medida é um avanço no combate ao trabalho escravo, que representa uma verdadeira vergonha nacional. Esperamos que o Congresso Nacional e o governo federal, por meio de sua base parlamentar, enfrentem os ruralistas para que se aprove na Câmara dos Deputados o projeto que determina a desapropriação para a Reforma Agrária de áreas que mantêm trabalhadores em regime de escravidão.

SECRETARIA NACIONAL DO MST

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas será em Brasília




Por Conceição Lemes.

A ideia do Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas nasceu em maio. Sugerida por Luiz Carlos Azenha, foi aprovada durante o lançamento, em São Paulo, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

No final de maio, tivemos uma primeira conversa, da qual participaram o próprio Azenha, Altamiro Borges, Eduardo Guimarães, Rodrigo Vianna e eu. Azenha lançou a ideia no Viomundo. A receptividade foi excelente. Tivemos, aqui, mais de 400 comentários. Fora a acolhida calorosa em vários outros blogs.

Resultado: o Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas é indispensável, imperioso e vai sair, sim.

Tivemos, ontem, a segunda reunião. Foi na sede do Conversa Afiada. Participaram Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Altamiro Borges (do Barão de Itararé e do blog do Miro), Conceição Oliveira (Maria-Fro), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Diego Casaes (Global Voices) e eu (do Viomundo, representando também o Azenha, derrubado por uma tremenda gripe).

Avançamos alguns pontos. Ficou decidido que:

1) O Encontro Nacional de Blogueiros será em Brasília. A opção se deveu a dois motivos: fugir do eixo Rio-São Paulo; os vôos de todas as regiões do Brasil passam por lá, o que facilitará a vida dos blogueiros.

2) Ocorrerá, provavelmente, nos dias 20 (abertura à noite), 21 e 22 de agosto. Como ainda estamos estudando a viabilidade de oferecer ao menos acomodações e passagens, até o início de julho bateremos o martelo sobre a data definitiva.

3)A organização ficará a cargo do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé.

4) Na programação, haverá mesas redondas com palestras de grandes blogueiros do país. Algumas já propostas: os rumos da internet no Brasil; marco regulatório (mesa na qual serão discutidas a legislação atual, a necessidade de aprimorá-la e as tentativas de amordaçar alguns espaços críticos); e experiências de blogueiros de vários estados do Brasil.

5) Haverá, também, oficinas para ensinar blogueiros a otimizarem os recursos da internet. Por exemplo, twitter, produção de vídeos e de rádio web.

6) Realização de painéis, para que blogueiros possam se conhecer, conversar e trocar experiências.

7)Transmissão do evento pela internet. Como há possibilidade de as oficinas ocorrerem simultaneamente, a ideia é gravar todas para que depois possam ser acessadas por todos os participantes e blogueiros de qualquer parte do país. O objetivo é o de que as oficinas se transformem em conteúdo, mesmo.

8) A necessidade de buscar patrocínios, para tornar viável o encontro e ter maior número de participantes.

9) Abertura de uma lista para troca de ideias — por exemplo, sugestão de convidados, programação, oficinas, viabilização financeira, entre outras.

Esses são os primeiros passos, elaborados com ajuda de vocês. A intenção é a de que o encontro não olhe para o próprio umbigo, mas reflita preocupações de blogueiros com os vários sotaques do Brasil. Também pedimos a cada um que nos ajude a aperfeiçoar instrumentos que atendam às necessidades dos blogueiros e dos próprios brasileiros.

Sugestões serão muito bem-vindas. Afinal, o objetivo de todos nós é contribuir para a democratização dos meios de comunicação e fortalecer as mídias alternativas no país.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Serra entende tudo de Reforma Agrária!




Do Blog da Reforma Agrária

O Correio Braziliense relata que, no início da noite de ontem, em Uberaba (MG), diante de plateia formada por produtores rurais e lideranças políticas da região do Triângulo Mineiro, organizados na Associação Brasileira de criadores de Gado Zebu, José Serra criticou a aplicação de dinheiro público em instituições e organizações não governamentais (ONGs) da Reforma Agrária.

De acordo com o jornal, Serra foi a principal atração em evento fechado, promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. “Sem produzir o país não vai para frente. O problema maior da reforma agrária é fazer com que os acampamentos produzam para diminuir as desigualdades sociais, mas não pode haver dinheiro público em movimentos sociais”.

Será que José Serra não sabe a diferença de acampamentos de trabalhadores sem-terra e assentamentos da Reforma Agrária?

Vamos fazer um glossário pequeno para o candidato à Presidência da República.

Acampamento – É o conjunto de barracos montado pelos trabalhadores sem-terra nas beiras de estradas ou em áreas improdutivas e abandonadas. É formado por famílias de trabalhadores rurais pobres, que vivem como arrendatários, bóias-frias, meeiros e querem ter a própria terra para plantar. Os acampamentos são uma situação limite na qual vivem trabalhadores para pressionar o governo a aplicar a lei, desapropriar latifúndios e destiná-lo para a reforma agraria. É uma forma de luta utilizada ao longo da história da luta pela terra. Na década de 60, por exemplo, as Ligas Camponesas tambem faziam acampamentos na luta pela Reforma Agrária, influenciadas pela Ação popular (organização politica de José Serra à época)

Assentamento- é criado depois que o Incra desapropria uma área e divide para as famílias sem-terra, que passa a se chamar de projeto de assentamento. O nome adotado no Brasil teve influência da terminologia da FAO. Também é usado em outras circunstâncias de assentamento de famílias em novas áreas urbanas.

Nos assentamentos, os trabalhadores passam a organizar o território, construir suas moradias e organizar a infraestrutura social. Começam também a produzir. Para isso, precisam de créditos e, como toda a pequena agricultura, têm acesso ao credito do Pronaf para financiar a produção de alimentos. Isso é possível porque a posse é definitiva, diferente dos acampamentos.

Será que ficou claro?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma explicação que falta -Questão do Maranhão

Uma explicação que falta

A decisão de apoio a Roseana Sarney é formalmente legítima e juridicamente legal. Mas é equivocada taticamente e desastrosa estrategicamente.

A decisão é legítima, porque ela se baseia em dois parâmetros que foram majoritários no processo de eleição das atuais direções partidárias: eleger Dilma é o centro da tática e a aliança com o PMDB é essencial para eleger Dilma.

A decisão é legal, porque o IV Congresso do PT aprovou, também por maioria, que a última palavra sobre a política de alianças nos estados seria do Diretório Nacional do PT. E o Diretório Nacional, no dia 11 de junho, por 44 votos contra 30, anulou a decisão do Encontro Estadual do PT Maranhão e decidiu apoiar Roseana Sarney.

Esta última decisão causou repulsa em metade do PT do Maranhão, estado governado há décadas pela oligarquia Sarney e que, não por coincidência, exibe os piores índices sociais do país. Neste momento, três dirigentes do Partido estão em greve de fome e um recurso foi impetrado na Justiça.

Entendemos e compartilhamos a indignação da militância petista anti-Sarney. Até porque votamos contra o apoio a Sarney, em favor da decisão do Encontro do PT do Maranhão. Mas consideramos que a Justiça não é o foro adequado para resolver a questão; e discordamos totalmente do recurso à greve de fome num caso como este.

A decisão adotada, de apoio a Sarney, é formalmente legítima e juridicamente legal. Frente a isto, há três caminhos: acatar, desobedecer ou sair do Partido. Recorrer à Justiça não é caminho, pois isto significa transferir para o poder de Estado (o famoso "Estado burguês") as decisões internas de um partido.

A greve de fome tampouco é o método adequado para enfrentar a questão. Se o objetivo é reverter uma decisão partidária, a greve de fome é recurso inadequado. Se uma decisão legal e legítima, ainda que totalmente errada, puder ser revertida com uma greve de fome, então não haverá mais qualquer decisão. Se o objetivo é denunciar a truculência política e desgastar a oligarquia, outros métodos seriam mais eficazes, saudáveis e menos sujeitos à manipulação por parte da direita tucano-demista.

Não recorrer à Justiça, interromper a greve de fome e lançar candidaturas petistas à Assembléia Legislativa e à Câmara dos Deputados, capazes de dar continuidade à luta contra a oligarquia Sarney, nas eleições 2010 e depois: este nos parece ser o caminho possível, neste momento, para reduzir os danos resultantes da decisão de apoiar Roseana Sarney, decisão que seguimos considerando taticamente equivocada e estrategicamente desastrosa.

A decisão é taticamente equivocada, porque ela parte de uma leitura tosca, rudimentar, unilateral, da correta tese de que eleger Dilma é o centro da tática. Certamente, compartilhamos integralmente da decisão de eleger Dilma, talvez com mais convicção do que a exibida por alguns que se exaltam publicamente em sua defesa; mas eleger Dilma não é incompatível com a existência de "dois palanques" em alguns estados.

Em 2006, por exemplo, tivemos o caso clássico de Pernambuco, onde dois candidatos a governador (um do PT, outro do PSB) apoiaram Lula, cuja candidatura ganhou com isto. Em 2010, na Bahia, haverá um palanque do PMDB e outro do PT.

Concordamos que um palanque, falando em tese, é melhor do que dois palanques. Mas onde não é possível construir pacificamente um palanque, melhor conviver com dois, do que ofender profundamente uma parte da nossa base social e eleitoral, que vota em Dilma, mas não se considera obrigada a, em nome disto, apoiar ou votar numa determinada candidatura a governador.

O que foi feito no Maranhão fortalece as chances de vitória de Roseana Sarney, mas não acrescenta um único voto para Dilma Roussef. Corremos o risco, pelo contrário, de fazer Dilma e o PT perderem votos. Ou seja: o que foi feito, foi para ajudar a candidata Sarney. Não tem nada que ver com o "centro da tática"; portanto, é um equívoco tático.

A decisão é estrategicamente desastrosa, por dois motivos.

Primeiro, porque --mesmo supondo que fosse útil para a eleição de Dilma-- ela certamente não é útil para, junto com a eleição de Dilma, criar as condições políticas e institucionais para que nossa futura presidenta faça um terceiro mandato superior aos dois mandatos de Lula.

Não se trata de uma decisão que nos ajude a eleger mais governadores, senadores e deputados comprometidos com o nosso projeto de país. Não se trata de uma decisão que fortalece uma cultura de massas democrática e popular. Pelo contrário.

Segundo, é estrategicamente desastrosa porque esta decisão representa uma condenação para o PT, em todos aqueles estados onde nosso Partido não conseguiu eleger o governador até 2002. Como ficou claro em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, como quase também ocorreu em São Paulo e no Rio Grande do Sul, nos estados em que não temos governador, se depender do tipo de postura adotada pelos 44, o PT só pode lançar candidato ao governo aonde nossos aliados não viabilizarem candidaturas que exijam nosso apoio.

Na prática, isto significa que o PT está se auto-condenando a estacionar no lugar onde conseguimos chegar em 2002. Esta decisão política é um haraquiri estratégico: reduz o crescimento de nossas bancadas parlamentares; expõe nosso governo federal a um cerco de governadores; transforma o PT em escada para aliados que estão longe de ser aliados de projeto.

O irônico é que alguns destes aliados não se sentem na mesma obrigação. O PMDB não está apoiando Jaques Wagner (Bahia) nem Ana Júlia Carepa (Pará). Só em Sergipe e no Distrito Federal o PMDB está apoiando candidatos petistas a governador.

Ou seja: vários grupos que integram o PMDB seguem na luta pela hegemonia, enquanto a maioria do PT se auto-impõe interromper nosso crescimento nos estados, interpretando de maneira reducionista o que seriam as necessidades estratégicas nacionais, como se ter força nos estados fosse secundário para governar o país, como se campanhas petistas para governador não ajudassem na eleição de mais deputados e senadores e mesmo na campanha Dilma.

Os números: em 2002, o PT lançou candidatura a governador em 23 estados. Em 2006, em 17 estados. Em 2010, em apenas 11 estados. Enquanto isto, o PSDB terá 17 candidaturas e o PMDB terá 15 candidaturas. Esta redução terá impacto no resultado global da eleição.

Os que defendem alianças deste tipo, portanto, comportam-se como aquele general famoso, que para vencer uma batalha, danifica tanto suas forças, que perde as condições para vencer a guerra.

Algo semelhante ocorreu em 2003-2004: a sobrevalorização da governabilidade institucional quase destruiu o PT; fomos salvos, durante a crise de 2005, exatamente por aquilo que se estava menosprezando, a saber, o próprio PT, os aliados de esquerda e os movimentos sociais.

Os que defendem aquele tipo de aliança, justificam-se dizendo que situações assim serão resolvidas quando houver uma reforma política, que fortalecerá os "partidos ideológicos". É parcialmente verdade. Mas também é verdade que o enfraquecimento do PT e dos aliados de esquerda, reduz as chances de uma reforma política.

O que é pior: alianças deste tipo geram ressentimentos na base do Partido, adubando o terreno para os que defendem algo ainda mais negativo: a chamada aliança estratégica com o PSDB.

No debate que travamos no Diretório Nacional, 44 votaram a favor da aliança com Roseana Sarney. A maioria destes 44 não parecia satisfeita com o que estava fazendo. Talvez tivessem a consciência de que, embora formalmente legítima e juridicamente legal, a decisão que estavam tomando era estrategicamente desastrosa. Quem sabe se não foi por isso que alguns exageraram nos argumentos táticos, dizendo que o palanque de Flávio Dino era uma armadilha tucana, ou que do apoio à Roseana dependeria a vitória de Dilma.

Podiam ter nos poupado e se poupado destas tolices, se tivessem simplesmente admitido que Sarney, como é do seu feitio, usou de seu cargo de presidente do Senado para chantagear o governo, que por sua vez pressionou a campanha e o Partido.

Seja como for, a questão de fundo persiste: o PMDB e oligarquias regionais como os Sarney podem, eventualmente, ser úteis e necessárias para derrotar a direita tucano-demista, sem dúvida nossa inimiga principal. Algumas concessões devem ser feitas, para que o PMDB e aquelas oligarquias nos apóiem. Mas se estas concessões enfraquecerem estrategicamente o PT, o resultado da operação será, mais cedo ou mais tarde, o contrário do que se pretende.

Este é a explicação que os 44 nos devem: como não repetir Pirro?

Valter Pomar e Iriny Lopes, integrantes do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

sábado, 19 de junho de 2010

Maria Inês Pandeló Cerqueira






Maria Inês Pandeló Cerqueira


Maria Inês Pandeló Cerqueira, é mineira de Cataguases, jornalista, pós-graduada em História Social e deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores.

Foi vereadora e a única mulher prefeita de Barra Mansa. Sua administração foi marcada pelo desenvolvimento e a participação popular, através da implantação do Orçamento Participativo. Também criou a Flumisul (Feira Internacional de Negócios) que hoje faz parte do calendário oficial de eventos do Estado do Rio de Janeiro.

Inês Pandeló é líder da bancada do PT; presidente das Comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e de Acompanhamento dos Estudos dos Impactos Ambientais sobre o Desmatamento e a Poluição na Bacia do Rio Paraíba do Sul; vice-presidente das Comissões de Cultura e de Combate as Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional; membro das comissões que acompanha a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento no Estado e de Constituição e Justiça.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dobradinha PT e DEM no Rio de Janeiro!!! Muito estranha!!!

Dobradinha muito estranha Cida Diogo e Júlio Lopes!!!
Infedelidade partidária!!!

Pré-candidato a deputado federal, o ex-secretário de Transportes do estado, Júlio Lopes (DEM), fechou dobradinha com a, por enquanto, deputada federal Cida Diogo (PT), que este ano, como todos sabem, vai concorrer à Alerj. Pode parecer estranha a aliança DEM-PT, mas, no final do mês passado, o ex-secretário esteve, inclusive, em Volta Redonda, no aniversário de Ernesto Braga, marido de Cida. Aliás, Júlio Lopes tem alguns mega-apoios, como o do empresário Benjamin Steinbruch, da CSN.


Fonte:

http://www.focoregional.com.br/page/deolho.asp?lg=157

domingo, 13 de junho de 2010

E após a Semana do Meio Ambiente?



Por Ademir Damião

Os eventos comemorativos da Semana do Meio Ambiente do presente ano chegaram ao seu final, e, com eles, entidades do poder público e de outros segmentos sociais buscaram despertar a consciência da coletividade para problemática ambiental que assola o Planeta todao afinalvem ocorrendo , através de atividades como cursos, seminários, palestras, caminhadas, atos públicos, lançamento de projetos e programas, entre outras.

Neste momento, é preciso que se faça uma reflexão sobre os passos que serão dados para consolidar as ações realizadas tanto pelo poder público e pela sociedade civil durante toda Semana do Meio Ambiente, visando garantir que haja uma efetiva ampliação de entidades e pessoas envolvidas na construção de alternativas para melhoria da qualidade ambiental.

Refletindo sobre os eventos realizados em anos anteriores, observo que, raramente, as ações iniciadas durante a Semana tiveram continuidade, encerrando-se naquele período ou logo após, o que, certamente, não possibilita a obtenção de maiores ganhos para preservação do meio ambiente.

Apesar desta limitação, verificamos que, anualmente, vem aumentando a quantidade de pessoas que participam dos eventos realizados durante a Semana, indicando que a questão ambiental vai se tornando uma preocupação de diversos segmentos sociais do Brasil e do mundo, que buscam adoção de medidas sustentáveis em nosso dia a dia.

Compreendo que para que as atividades do presente ano também não terem descontinuidade, é preciso que haja uma avaliação da metodologia utilizada em cada ação, buscando observar qual contribuição de cada uma para construção da consciência ambiental individual e coletiva e, a partir de então, continuar aquelas ações que proporcionarão avanços na minimização dos problemas ambientais, envolvendo outros segmentos sociais e pessoas.

Entendo que assim, ocorrerá a superação da etapa dos eventos isolados e esporádicos que muitas organizações realizam e se poderá construir um processo, onde a temática ambiental estará associada com outros temas da atualidade, principalmente, com a problemática social, a qual nos aflige devido às mazelas geradas pelo modo que vivemos e nos relacionamos, onde reina o individualismo e não a solidariedade humana.

A construção deste processo passa pelo envolvimento dos segmentos sociais nas ações a ser realizadas, notadamente naquelas do poder público, ampliando a participação popular e consolidando o direito de cidadania de cada pessoa, não esquecendo que os instrumentos educativos devem ser construídos conjuntamente com a população, respeitando sua cultura, hábitos, costumes e história.

Neste contexto, não há condições de se obter resultados positivos na continuidade das ações da Semana de Meio Ambiente se for utilizada a mesma metodologia em comunidades diferentes, pois, em meu entendimento, cada caso é um caso, tendo a realidade local como ponto de partida, como por exemplo, o enfoque que é dado a questão de redução na geração dos resíduos sólidos não pode ser o mesmo com pessoas de classe média e aquelas que residem em áreas carentes, pois cada agrupamento tem realidades diferenciadas de consumo.

É evidente, ainda, que partindo da realidade local, poderá ser realizada abordagem sobre os problemas gerais do meio ambiente, pois, por exemplo, ao falar sobre erradicação de árvore ou lançamento clandestino de lixo, há amplas condições de mostrar como tais atitudes contribuem com os efeitos das mudanças climáticas, e, mostrando, então, que as ações locais contribuem para as ações globais.

Concluindo, entendo que os eventos realizados em datas comemorativas, como a Semana do Meio Ambiente, têm importância relevante, mas sua continuidade necessita ser inclusa na agenda diária de cada ser individual ou coletivo, pois só com ações permanentes e sistemáticas se poderá contribuir com a preservação ambiental, fundamental para garantia da manutenção da espécie humana no Planeta.

Ademir Damião de origem afro-brasileira, Engenheiro, Mestre em Gestão e Políticas Ambientais, militante do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco(PT/PE), onde, atualmente, é Coordenador do Setorial de Meio Ambiente.

sábado, 12 de junho de 2010

Pistoleiros cercam acampamento no Pará

11 de junho de 2010

Pistoleiros fortemente armados cercam neste momento 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que ocuparam na madrugada desta sexta feira a fazenda Cambará , de propriedade do deputado federal Josué Bengston – PTB-PA, no município de Santa Lúcia do Pará, a 200 km de Belém.

O deputado Bengston é conhecido pelo forte apoio dado a bancada ruralista e pelas campanhas de criminalização contra os movimentos sociais do campo, é a favor que o MST seja enquadrado pelo código nacional de segurança, o que torna suas ações criminosas.

Bengston, também é suspeito de participar do escândalo dos sanguessugas em 2006, um esquema com empresas do grupo Planam para a venda de ambulâncias superfaturadas a municípios por meio de dinheiro de emendas parlamentares (pelas quais os deputados e senadores receberiam comissão). O esquema foi revelado por uma operação da Polícia Federal.

A ordem dos pistoleiros é quem ninguém saia nem entre no acampamento que leva o nome de um dos primeiros lideres de camponeses da região norte do Pará, Kintino Lira, assassinado a mando de latifundiários, no ano de 1984.


Fonte: MST

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um pouco sobre a vida de Pedro (filho de Alice Yamaguchi e Paulo Teixeira)



Pedro Yamaguchi Ferreira (1983-2010)

Com pesar recebemos no último dia 3 a notícia da localização do corpo de Pedro Yamaguchi Ferreira, filho do deputado Paulo Teixeira. O corpo foi encontrado a cerca de 40 km de distância da cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM). Uma embarcação do Exército fez a localização.

Nossa solidariedade aos que ficam e nossa homenagem a quem se foi.

Pedro estava em São Gabriel da Cachoeira desde fevereiro deste ano atuando como advogado da Pastoral Indigenista na diocese daquela cidade.

Na última terça-feira (1º), antes do almoço, Pedro, que tinha 27 anos, saiu para tomar um banho nas águas do Rio Negro, e não retornou para casa.

Um pouco sobre a vida de Pedro

Aos 17 anos de idade, Paulo Teixeira deixava a cidade de Águas da Prata, interior de São Paulo, para cursar Direito na capital. O local escolhido pelo jovem foi o bairro de São Miguel Paulista, na zona leste da cidade, região que carecia de infraestrutura e recursos, bem como de atenção por parte do poder público. Paulo levava na bagagem a esperança de um mundo mais justo e solidário, usando esse sentimento para ingressar na carreira política.

Pedro Yamaguchi Ferreira, por sua vez, tinha 26 anos quando tomou uma decisão radical na vida. A exemplo do pai, ele deixou a cidade natal para tentar mudar a realidade de outro lugar. Em fevereiro de 2010, embarcou para a cidade de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, para advogar a favor da Pastoral Indigenista na diocese da cidade.

Acompanhe o discurso de Pedro, proferido na missa de sua despedida da capital paulista em 25.02.2010.

Queridos familiares, amigos e amigas,

Em primeiro lugar, quero dedicar essa missa a minha madrinha Glaucia, que nos deixou há uma semana. Tenho um sentimento de que ela vai olhar por nós e alegrar um pouco mais o céu. As maiores lembranças que tenho dela são o seu sorriso e sua luta pela causa ambiental. De alguma forma, sinto que posso dar seguimento ao que ela tanto ensinava como geógrafa e professora. Essa missa é em memória dela.

Quero agradecer a cada um de vocês pela presença nesta noite, isso representa muito pra mim e me dá muita força para seguir a caminhada. Celebramos hoje, na Igreja da Boa Morte, a vida, a esperança de dias melhores.

Sei que não estamos reunidos esta noite por mim apenas: todos os que estão aqui querem um mundo melhor para si; para seus filhos. Todos queremos paz, alegrias, amizade, justiça. Este encontro serve para renovarmos nossos sonhos.

Agradeço de forma especial às pessoas que prepararam com tanto carinho essa missa: a Marcelo da Pastoral da Juventude, a Padre Valdir e dona Vera, a toda a comunidade Aliança da Misericórdia, nas pessoas de Padre Enrico e Antonelo, ao pessoal da banda e a todos e todas que permitiram que esta noite acontecesse. Padre Valdir, aliás, que foi o pai desta minha idéia de ir para a Amazânia. Desde fazer contato com o bispo de São Gabriel da Cachoeira, até falar com todos os padres e irmãs para que autorizassem meu envio. Muito obrigado por toda a ajuda.

Quero saudar meus amigos da Aliança da Misericórdia por ceder essa igreja, que é vossa casa.Saibam que vocês têm enorme influência na minha vida e nessa minha decisão: desde o 1º momento, quando conheci um montão de jovens que moravam na favela do moinho e faziam pastoral carcerária, logo fiquei encantado com o que vi. Eram jovens dedicando suas vidas a melhorar a realidade dos mais marginalizados: os moradores de favelas e os encarcerados.

Nas muitas vezes que estive com eles, sempre me identifiquei com aquela vocação e sentia alguma coisa arder mais forte no meu peito. Sabia que faria algo parecido. Vocês vivem a solidariedade na essência na palavra, vivem pela causa social com compromisso e verdade. Parabéns e muito obrigado pelo exemplo.

Quero abraçar todos meus familiares. Meus tios e tias, pais e mães pra mim e meus irmãos. Meus primos e primas, que são meus outros irmãos e irmãs. Carrego vocês no coração, assim como carrego a lembrança de meus quatro avós, os quais tive a enorme felicidade de conhecer e conviver. Sinto que eles estão comigo. Sempre os senti por perto e sei que eles nos protegem. Dedico também a eles minhas alegrias.

Brindo com todos meus amigos e amigas, da rua, de colégio, de faculdade, das lutas, da vida. Pela amizade e companheirismo. Obrigado por me ensinar. Espero que nossa amizade possa ser preservada e se fortalecer ainda mais, nos sentimentos de solidariedade com os outros, no amor pelo país, na luta por mais igualdade social, autonomia e liberdade das pessoas e tolerência com as diferenças. Tamo junto!

Aos amigos dos meus pais, que se tornaram meus amigos. Obrigado por todo exemplo de luta e dedicação a uma militância que exigiu muito tempo do lazer e conforto de vocês e de suas famílias. Carrego vocês comigo também! Muito obrigado pela presença.

Agradeço o carinho dos amigos de Carlos de Foucalt. Obrigado pela amizade e acolhida. Terei mais oportunidade de conhecer os ensinamentos de Foucalt. De alguma forma, já me sinto muito influenciado por essa espiritualidade desde minha infância, através de meus pais, e agora, por todo esse processo da minha decisão, quando estive rodeado por vocês. Muito obrigado.

Quero agradecer, de forma muito especial aos meus queridos amigos e amigas, companheiros de Pastoral Carcerária. Obrigado pela oportunidade que me deram, por confiarem e apostarem em mim. Pela amizade e paciência que tiveram comigo. E, sobretudo, pelo exemplo de fé e compromisso com a causa carcerária e humana. Vocês são verdadeiros guerreiros, pessoas iluminadas. Faltam palavras pra descrever tudo o que vivi nestes três anos de Pastoral. Quero, do fundo do coração, agradecer a oportunidade de ter compartilhado com vocês momentos dos quais nunca esquecerei. A presença missionária dentro da Pastoral influenciou a minha escolha. Carrego vocês, os presos e as presas, comigo. Que tenhamos dias melhores, em que nossa sociedade respeite os direitos dos cidadãos presos. Muito obrigado!

Aos meus queridos pais, também faltam palavras. Obrigado pelo exemplo, por nos ensinar a olhar pelo outro, a ter consciência do mundo em que vivemos, a lutar por nossos sonhos. Muito obrigado por serem parceiros comigo e com meus irmãos em nossas investidas, em nossos projetos. Amo muito você, pai e você, mãe.

Aos meus queridos irmãos, todo meu amor e amizade. Vocês são pessoas especiais pra mim, trazem mais energia pra minha vida, são minha sustentação. Espero estar tão perto de todos vocês mesmo estando longe. Carrego vocês nesta luta. Desde já peço perdão pelas vezes que precisarem de mim e que estarei ausente. Obrigado pelo apoio.

Essa minha decisão de viver essa experiência na Amazônia é fruto do convívio com a realidade dos cárceres e a realidade social em sua forma mais cruel, o lado B de nosso País: o País dos esquecidos, dos humilhados. Pude estar em contato com a miséria da miséria, a injustiça, a segregação social e racial, a dor, o esquecimento. Ter visto de perto situações desconhecidas pela maioria das pessoas, ter conhecido um País que ainda maltrata seus cidadãos, tudo isso me despertou para a necessidade de luta, de trabalho para a profunda transformação dessa realidade.

De forma geral, vejo os poderes de Estado ainda muito elitistas. Não conhecem de verdade a realidade de seu povo, a pobreza, a falta de dignidade e cidadania que sofrem milhões de cidadãos, não conhecem os cárceres. Mantêm-se distantes daquilo que deveria ser a essência de seu trabalho: o bem comum do povo, sobretudo daquele que mais necessita das instituições para a garantia de seus direitos. Privilegiam o status, o poder, as facilidades materiais em detrimento dos direitos fundamentais das pessoas.

As leis, a Constituição Federal infelizmente não são as mesmas para todos. A justiça é justa para poucos. Os direitos de alguns são mais importantes que de outros. Lutar pela terra é crime. Mas não é crime a situação daquela pessoa que vive em condições sub-humanas nas favelas, sem dignidade nenhuma, sem comida. Furtar é crime. Mas não é crime quando o Estado amontoa milhares de presos e presas numa lata, os tortura impunemente e viola todos seus direitos previstos nas leis. Temos dois Países: o País dos privilegiados, dos que têm acesso à riqueza, à cultura, ao lazer, aos bens materiais, às melhores oportunidades e o País dos esquecidos, que não têm direitos, não têm oportunidades, e ainda são criminalizados. Devemos mudar, acredito que estamos avançando, mas é preciso muito mais, não podemos permitir retrocessos nas conquistas dos direitos.

Precisamos acabar com a segregação racial. Vejamos os direitos dos índios, como têm dificuldade para ser implementados. Vejamos a diferença entre os salários de negros e brancos. Vejamos os preconceitos que os nordestinos ainda sofrem no sul. A discriminação que sofrem as mulheres. Isso tudo ainda existe, é verdade, tristemente sentido no cotidiano.

Somos um País extremamente desigual na distribuição de renda. Somos top 10 no ranking de desigualdade. Num país com 200 milhões de habitantes, os 10% mais ricos detêm 50% da riqueza. Os 10% mais pobres, apenas 1% dessa riqueza. Os moradores de favelas pagam proporcionalmente mais impostos que os ricos. Nosso mundo tem 1 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, com menos de 2 dólares por dia. No Brasil, são 7,5 milhões de pessoas que vivem na linha da pobreza. 4 milhões de famílias no Brasil precisam dos benefícios de uma reforma agrária. Sem contar outros milhões que vivem em condições sub-humanas e que precisam de mudanças.

Para mudar essa realidade, precisamos democratizar cada dia mais o poder econômico e o poder político. Não permitir que o capital econômico mande nas políticas dos países, em detrimento das conquistas e avanços sociais.

Não dá para ficarmos tranquilos diante de tanta injustiça. Porque preferimos a anestesia à luta? Porque não deixemos de lado um pouco nosso conforto para pensarmos e agirmos por uma sociedade melhor?

Viajo para a Amazônia para colaborar, como cidadão e advogado, com as comunidades ribeirinhas, os índios, a questão ambiental. A discussão que está em voga hoje é a ambiental e, realmente, ela se faz necessária e urgente.

A natureza cada vez mostra com mais forças seu poder e sua revolta contra o que fazemos com ela. Utilizamo-la com interesse econômico e sem preocupação com os demais seres que nela vivem. Não nos preocupamos com o amanhã. E ela não está feliz com isso. Lembremos dos tsunamis, dos furacões, dos terremotos, dos deslizamentos.

Olhemos para nossa cidade de São Paulo, nesse mês de janeiro, o tanto que choveu. Os estragos das chuvas nos lugares mais precários. Infelizmente os efeitos climáticos atingem de forma pior os mais pobres, os que moram em áreas de risco, nas beiras dos rios.

Insistimos em desmatar nossas florestas. Somos o 5º pais no mundo que emite mais gases poluentes e 75% desses gases vêm do desmatamento. Matamos nossa floresta para alimentar o mercado externo, americano e europeu. Faz sentido isso?

Do que adianta exercitarmos uma consciência ecológica se não questionamos nosso próprio anseio consumista que desgasta a capacidade da natureza e acelera a degradação do meio ambiente? Devemos exigir de nós sacrifícios pelo bem da sobrevivência da natureza e nossa também.

Apenas para exemplificar com situações cotidianas: será que precisamos ter 50 pares de sapatos em nossos armários? Dezenas de peças de roupas que depois ficam armazenadas? Será que todos precisamos de carro em detrimento do transporte público? Precisamos tomar duas vezes ao dia banhos de 30 minutos? Devemos pensar que nosso padrão de consumo gera desigualdades e agride a natureza, e é preciso abdicar desse modelo.

Sinto nessa minha escolha um pouco de negação, ainda que temporária, do modelo civilizatório ocidental consumista e destrutivo em que vivemos – e, pior, que achamos bom. Desejo buscar na natureza, com os índios, valores humanos que se sobreponham às ilusões da civilização.

Penso que, diante de toda a realidade miserável que pude ver, não posso ficar inerte, tocando minha vida como se a vida do outro nada tivesse a ver com a minha. Me sinto na obrigação de colaborar com nosso povo.

Não é preciso ir até a Amazônia para mudar essa realidade social brasileira. A cidade de São Paulo está cheia de problemas a serem resolvidos, e todos vocês podem colaborar para mudar essa situação. Visitem a favela do moinho, o jardim pantanal, uma unidade prisional. Certamente lá existem muitos problemas e as pessoas precisam de ajuda!

Mas, nem só de lutas vive o homem. Quero viver, escrever uma gostosa poesia de minha vida. Poder respirar um ar puro, contemplar a mata e os animais, estar em contato com culturas diferentes, jogar mais futebol, estar no paraíso natural. Como diz a poesia do sambista Candeia, cantada na voz de Cartola: “deixe-me ir, preciso andar, vou por ai a procurar, sorrir pra não chorar. Quero assistir ao sol nascer, ver as águas do rio correr, ouvir os pássaros cantar, eu quero nascer, quero viver”.

Para terminar, dois lindos poemas do nosso querido dom Pedro Casaldaliga, grande figura que me inspirou profundamente e a quem tive a enorme felicidade e privilégio de conhecer em São Felix do Araguaia:

Pobreza Evangélica
Não ter nada.
não carregar nada.
não poder nada.
e, de passagem, não matar nada;
não calar nada.
Somente o Evangelho, como uma faca afilada,
e o pranto e o riso no olhar,
e a mão estendida e apertada,
e a vida, a cavalo, dai.
E este sol e estes rios e esta terra comprada,
para testemunhas da revolução ja estourada.
E mais nada.

Epilogo Aberto
Atenho-me ao dito:
A justiça,
apesar da lei e do costume,
apesar do dinheiro e da esmola.
A humildade,
para ser eu mesmo, verdadeiro.
A liberdade
para ser homem.
E a pobreza
para ser livre.
A fé, cristã,
para andar de noite,
e, acima de tudo, para andar de dia.
E, seja como for, irmãos,
eu me atenho ao dito:
a Esperança.

Deixo aqui um convite para que todos venham visitar a Amazônia. Para quem quiser conhecer o paraíso. Não se arrependerão. As portas lá sempre estarão abertas a vocês. Espero vocês numa visita.
Muito obrigado por virem, quero dar um abraço em cada um de vocês!


[1] Município situado no extremo noroeste do Estado do Amazonas, na bacia do Alto Rio Negro,dista 852 km de Manaus. Limita-se ao norte com a Colômbia e a Venezuela, ao leste com o município de Santa Isabel do Rio Negro, ao sul com o Japurá e com a Colômbia. Boa parte do seu território é abrangido pelo Parque Nacional do Pico da Neblina. É considerado um ponto estratégico pelo país e por essa razão é classificado como área de segurança nacional, pela lei federal nº 5.449. Em São Gabriel da Cachoeira, nove de cada 10 habitantes são comprovadamente indígenas e assim foi o 1º município brasileiro a escolher prefeito e vice-prefeito indígenas. É também conhecido como Cabeça do Cachorro por seu território ter forma semelhante à da cabeça deste animal.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

RJ: Carta aberta em defesa de Emir Sader para primeira suplência do senado

 

No estado do Rio de Janeiro, uma campanha vitoriosa rumo ao senado é fundamental para eleger Dilma, para dar continuidade às realizações do governo Lula, para dar sustentação ao nosso futuro governo no Congresso Nacional. Isto faz parte da estratégia eleitoral do PT, diante da fragilidade enfrentada por nossa bancada do senado, nos dois mandatos de Lula.

Neste quadro, a pré-candidatura de Emir Sader reúne as melhores condições para garantir nossa vitória no senado e para fortalecer o PT no estado. O apoio de Lula, a força do partido, a articulação com os movimentos sociais, a militância na rua e a Internet serão os antídotos petistas contra nossos adversários, que contam com apoio do poder econômico, nesta disputa.

Quais são as alternativas que serão discutidas na próxima reunião do diretório regional (dia 7/6)?

A formalização do apoio do PP a Dilma é improvável. No plano estadual, entregar a primeira suplência ao PP fragilizaria Lindberg. Para nossa base social, o PP representa a política clientelista, a oposição ao projeto ficha limpa, as práticas intoleráveis contra nossa aliada Jandira Feghali nas eleições de 2006.

A pré-candidatura do Professor Godofredo Pinto é legítima e tem méritos que são reconhecidos por valorosas correntes, lideranças e militantes do PT-RJ. Com todo respeito ao companheiro, entendemos que nessa conjuntura a dobrada Lindberg – Emir Sader é o melhor caminho para garantirmos nossa vitória rumo ao senado.

A força ideológica desta chapa nos ajudará também a vivificar a identidade e legitimidade do partido na sociedade, a fortalecer eleitoralmente nossa nominata e a disputar hegemonia com o PMDB – a partir de critérios políticos, programáticos e éticos – o programa de governo e o plano da campanha.

A pré-candidatura de Emir Sader à suplência do senado nasce comprometida com o objetivo de unir o partido e ampliar as chances de vitória eleitoral do candidato majoritário, uma vez que ela facilita nossa reaproximação com os estudantes, os intelectuais, os artistas, a classe média carioca e a base partidária do esquerdismo, que são formadores de opinião pública.

Emir cresce a cada dia na militância, porque foi acolhido por amplos setores, tendências e parlamentares do partido, parteiros coletivos desta construção. Ele é um intelectual com reputação internacional, mas comprometido com as aspirações democráticas, populares e socialistas do PT. A disputa será duríssima, mas teremos ao lado de Lindberg um dos nossos melhores quadros para defender Dilma contra a direita, o PSDB e a mídia golpista no senado.

Grandeza, razão, solidariedade e paixão! Estas são as palavras-chave para o crescimento do Partido dos Trabalhadores no estado do Rio de Janeiro. Para isto, respeitando a diversidade e a democracia interna do partido, a construção da unidade é uma tarefa inadiável. Um desafio que exige desprendimento pessoal, coragem política e perspectiva histórica, para levar Dilma e Lindberg à vitória, para eleger um número expressivo de deputados estaduais e federais, para afirmar o modo petista de governar e para tornar o PT alternativa de poder concreta nas futuras eleições.

Temos certeza que o diretório fará nossa estrela brilhar apoiando o nome do companheiro Emir Sader à primeira suplência do senado. Pensemos estrategicamente nossos rumos. Os fatos estão postos, mas a escolha agora está nas mãos dos prestigiosos membros do diretório regional do PT-RJ.

Saudações Petistas

Carlos Cortez, Carlos Kalifa, Osmar Barboza e Ricardo Quiroga

Coordenação provisória da frente ‘Mensagem Socialista’

Fonte: Blog Página 13

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Perfil é História do Taffarel!

Taffarel é educador popular. Desde cedo mostrou disposição para lutar por uma sociedade diferente. Seja na associação de moradores, na igreja, no sindicato ou no partido, sua atuação nos movimentos populares sempre foi referência de compromisso, combatividade e ética.

Como liderança estudantil, lutou pelo passe livre dos estudantes, mobilização que até hoje é exemplo na história recente dos movimentos populares na Baixada Fluminense.

Em 2000, foi eleito vereador de Mesquita. Em 2004 a população novamente reconheceu o trabalho realizado por Taffarel na Câmara de Vereador, sendo reeleito.

No ano de 2006, Taffarel foi candidato a Deputado Federal, conquistando somente com a militância e os simpatizantes de seu histórico de lutas e reivindicações pela melhoria das classes excluídas conquistou 20.000 votos, ficando na 9ª colocação dentre os quase 30 candidatos do PT a Deputado Federal naquele ano de 2006.

Em 2008 Taffarel foi reeleito novamente vereador no município de Mesquita, conquistando o seu terceiro mandato de vereador consecutivo, e o segundo como Presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita, função que exerce atualmente.

Taffarel como vereador foi campeão de leis (apresentou mais de 100 projetos de leis em Mesquita).

Algumas das principais propostas de TAFFAREL como

DEPUTADO FEDERAL...

· Projeto 1º Emprego - garantindo a entrada do jovem no mercado de trabalho;

· Projeto Jovem Empreendedor - garantindo oportunidade à juventude que quer iniciar um negócio;

· Projeto Eco Turismo;

· Implantação de novos cursos nas escolas técnicas;

· Ampliação das verbas para a Universidade Pública do Estado do Rio de Janeiro.

Por isso que nós pedimos o seu apoio e de sua família, amigos e amigas no companheiro TAFFAREL, nas eleições de 2010, pelo compromisso assumido e comprovado por ele, como vereador de Mesquita ao longo de três mandatos consecutivos. Vamos eleger TAFFAREL - Deputado Federal, para o Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense ter o 1º Deputado Federal de sua história do PT, um parlamentar atuante, guerreiro, vibrante e muito responsável para nos representar no Congresso Nacional, na busca de melhorias e recursos para nossa região da Baixada e todo o Rio de Janeiro.

Companheiro ou companheira vamos iniciar uma conversa e um diálogo com o nosso grupo e com o próprio Taffarel, para você vir fazer parte dessa nossa grande família PeTista, ouvir, propor e chegarmos a um denominador comum onde você venha fazer parte da família Taffarel, sua presença é fundamental e importante para o desenvolvimento do projeto do companheiro Taffarel e equipe, para que ele de fato seja eleito em 2010 Deputado Federal de nossa região da Baixada Fluminense, que tanto necessita de um parlamentar que nos represente de fato e Taffarel é um desses.

Um abraço...

Ronaldo

7872-2192

9719-6238

Esperamos seu contato e resposta para dialogarmos o projeto TAFFAREL é federal!!!

Contamos com a sua ajuda e esperamos que você venha fazer parte dessa família!!!