quarta-feira, 25 de maio de 2011

Conflitos no campo mataram 381 em dez anos


Com o assassinato do casal Maria do Espírito Santo da Silva e José Claudio Ribeiro da Silva, líderes do Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, ontem, em Nova Ipixuna (PA) chega a 381 o número de mortos em conflitos no campo nos últimos dez anos em todo o país, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Ao que tudo indica, eles foram mortos por problemas com madeireiros da região.

O estado campeão é o Pará, que contabiliza 160 assassinatos a lideranças regionais, sem terra, índios, trabalhadores rurais, assentados e pequenos proprietários de terra. Apenas este ano, cinco pessoas perderam a vida. Para os ativistas, poucas são as esperanças de que os assassinatos tenham fim.

Ativistas reclamam de descaso do poder público

O advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista Afonso, lembra que após o massacre de Eldorado dos Carajás, em que 19 trabalhadores rurais sem terra foram mortos numa ação violenta da Polícia Militar paraense em 1996, a expectativa era que o poder público “tomasse medidas mais enérgicas” contra os assassinatos no campo.

Jornal do BrasilAna Paula Siqueira

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