Falta pouco para o dia em que o povo do Saci vai derrotar a rapina tucana
Assim, diremos o que há para ser dito, em 13 resumidos parágrafos.
1) Pesquisa não ganha eleição. O que ganhaeleição é campanha, campanha politizada, polarização programática, militância na rua. O horário eleitoral gratuito deve estar à serviço disso.
2) A eleição não está ganha. O primeiro turno demonstrou o erro dos que imaginavam que a eleição seria um passeio, que venceríamos no primeiro turno, que a direita estava esmagada, que Serra já era, que Aécio assumiria a direção do PSDB e comporia a base do novo governo etc.
3) Eleição é luta política. O primeiro turno demonstrou o erro dos que imaginavam que é suficiente ter bons resultados administrativos para ganhar uma eleição, que lulismo sem petismo é capaz de milagres.
4) A luta ideológica faz parte da luta política. O primeiro turno demonstrou o erro dos que subestimavam o peso negativo dos meios de comunicação, das igrejas conservadoras, dos aparatos de “inteligência” estrangeiros, dos preconceitos de classe média, inclusive na “nova classe média” que teria emergido nos últimos anos.
5) A técnica precisa estar sob direção político-ideológica. O primeiro turno demonstrou o erro dos que achavam que campanha é assunto técnico, que “qualis” valem mais que as direções partidárias, que movimentos sociais e militância de base atrapalham.
6) O primeiro mandamento político-ideológico é: a luta de classes não morreu. O primeiro turno demonstrou uma vez mais a existência das classes e da luta de classes, que quanto mais rico maior o voto em Serra, que a maioria dos trabalhadores vota em Dilma.
7) O acirramento do primeiro turno indica o tipo de oposição que será feita contra o governo Dilma. A conjuntura nacional e internacional pós-segundo turno será muito mais complexa e exigirá muito mais, tanto do governo Dilma, quando do PT.
8) Mas primeiro temos que vencer, o balanço é assunto para depois. Após o segundo turno, haverá tempo para uma análise completa do processo eleitoral, incluindo o primeiro e segundo turnos presidenciais, balanço completo dos estados, análise do desempenho do PT nas eleições para Senado, Câmara e Assembléias, composição das novos bancadas e governos estaduais.
9) Inclusive o balanço sobre os rumos da esquerda brasileira como um todo. O que envolverá estudar no detalhe a situação do PT, dos aliados (PSB, PCdoB, PDT, Pátria Livre) da oposição de esquerda (PSOL, PSTU, PCB, PCO), passando por movimentos sociais, intelectualidade e organizações não-eleitorais.
10) Este balanço será público e envolverá milhões de pessoas. Todos os temas que citamos até agora, mobilizarão as atenções de milhões de pessoas em todo o Brasil, tão logo acabe o segundo turno. Um momento importante será a reunião do Diretório Nacional do PT. Nossa primeira contribuição para o debate será objeto de debate e aprovação, na reunião que a direção nacional da Articulação de Esquerda fará nos dias 4 e 5 de novembro, em Brasília. Nesta reunião, além do balanço geral, vamos aprovar também orientações para nossos parlamentares e acerca dos governos.
11) O ano de 2011 será de ação governamental, mobilização político-social e muito debate. Por isto mesmo, além de tomar posição sobre os temas já citados, a reunião da Direção Nacional da AE aprovará um calendário organizativo, que inclui uma jornada de formação política em janeiro de 2011 (na Bahia), o Congresso do PT (com os mesmos delegados que participaram do IV Congresso), o Primeiro Congresso da AE (marcado para julho de 2011), a eleição municipal de 2012 e o próximo PED (por enquanto marcado para 2012).
12) Mas para que tudo isto ocorra, é preciso primeiro vencer as eleições. Como dissemos antes e repetimos agora: a eleição não está ganha, pesquisa não ganha eleição, a direita está jogando tudo que tem e só venceremos se politizarmos, polarizarmos, mobilizarmos, mantivermos a guarda alta. E apelarmos para o povo trabalhador!
13) Para que a vitória seja nossa, que travemos uma boa e forte luta. No dia 31 de outubro, vamos todos votar 13. Para eleger Dilma, Agnello, Ana Júlia. Para derrotar a direita, para seguir transformando o Brasil, para acumular forças em direção ao socialismo.
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