sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Plenária Estadual da AE

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Resultado do Plebiscito pelo Limite da Terra.


Mais de 500 mil pessoas concordam com fixação de tamanho máximo para propriedade rural.

Lourenço Canuto

Repórter da Agência Brasil


Brasília - Mais de 500 mil pessoas ouvidas em 23 estados e no Distrito Federal se disseram favoráveis à ideia de fixar um limite máximo para o tamanho das propriedades rurais. Elas foram consultadas entre os dias 1° e 12 de setembro, em plebiscito promovido pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, entre outras entidades.

Entre os 519.623 cidadãos consultados, apenas 3,52% se posicionaram contrários ao estabelecimento de limite para a terra rural. O percentual de votos em branco foi de 0,63% e o de nulos, de 0,34%. Quanto à pergunta que vinculou o tamanho da propriedade à produção, apenas 4,27% apenas julgaram irrelevante o limite, 0,89% votou em branco e 0,45%, nulo. A maioria concordou também que o limite da propriedade possibilita aumentar a produção de alimentos saudáveis e melhorar as condições de vida no campo e na cidade.

A pesquisa foi divulgada hoje (19) por representantes do fórum, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), durante entrevista coletiva. A consulta integra a primeira etapa de um movimento que pretende colher até o final do ano 1,2 milhão de assinaturas em todo o país para apresentar ao Congresso Nacional em 2011 um projeto visando a estabelecer o limite de 35 módulos fiscais para as terras devolutas e improdutivas.

Se aprovada, a medida vai atingir entre 42 mil e 50 mil propriedades rurais, numa área total equivalente a 100 milhões de hectares. Se for fixado o limite da propriedade em mil hectares, ele atingiria 68 mil propriedades rurais no país. O conceito de módulo fiscal varia nos estados, de acordo com as condições locais, entre 7 hectares a 100 hectares.

A pesquisa sobre o tamanho das propriedades foi antecedida por debates, pela organização de comitês e divulgação de interesses da propriedade privada. O professor Ariovaldo Umbelino, da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que existem no Brasil 200 milhões de hectares de terras improdutivas e 500 milhões de hectares de terras devolutas (terras públicas sem uso específico). Nos últimos anos, segundo ele, aumentou a concentração de terras e o governo não tem conhecimento preciso sobre as posses e propriedades.

Para ele, isso é preocupante, já que em todo o país existem 851 milhões de hectares de terras. O professor da USP destacou os prejuízos ao meio ambiente provocados pelas atividades das grandes empresas e disse que limitar o tamanho da propriedade é importante porque, enquanto a empresa do agronegócio emprega 1,4 trabalhador por hectare, na agricultura familiar 17 pessoas produzem no mesmo espaço.

O representante do Fórum Nacional pela Reforma Agrária, Gilberto Portes, destacou o alcance do plebiscito, lembrando que, na consulta, foram ouvidas mais de 500 mil pessoas.

O representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), padre Gabriele Cipriani, afirmou que a questão da terra deveria ter destaque na agenda dos candidatos à Presidência da República, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que vão disputar o cargo no dia 31, em segundo turno.

Segundo Cipriani, fazer a reforma agraria "é democratizar o uso da terra como um direito da população para produzir alimentos para o mercado interno e para exportação”.

Edição: Juliana Andrade

domingo, 7 de novembro de 2010

REGIMENTO DO 1º CONGRESSO DA ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA

Tendência interna do Partido dos Trabalhadores

1. O 1º Congresso Nacional da AE se realizará nos dias 8, 9 e 10 de julho de 2011, em São Paulo (SP), para debater a seguinte pauta:

a) balanço do período, até eleição de 2010;

b) estratégia e programa para o próximo período;

c) conjuntura e tática;

d) construção do PT e da AE;

e) eleição da nova direção nacional.

1.1. O secretariado nacional deve, por maioria absoluta de seus integrantes, definir a data do 1º Congresso, levando em conta a agenda do PT;

SUMÁRIO

QUEM PODE VOTAR E SER VOTADO                                          2

CONGRESSOS DE BASE                                                            2

CONGRESSOS ESTADUAIS                                                       3

ELEIÇÃO DE DELEGADOS                                                        3

CONGRESSO NACIONAL                                                          3

PROGRAMAÇÃO E REGIMENTO INTERNO                                  4

TEXTO-BASE                                                                          5

DEBATE NO CONGRESSO                                                         5

ELEIÇÃO DA DIREÇÃO                                                             6

PROGRAMAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL                             6

 

QUEM PODE VOTAR E SER VOTADO

2. Para votar e ser votado em qualquer etapa do 1º Congresso, é necessário ser assinante do Página 13 e estar em dia com a assinatura referente a todo o ano de 2010 e 2011 (janeiro-dezembro);

a) Até 29 de outubro de 2010, será divulgada a lista de militantes da AE em atraso com a assinatura do jornal Página 13 (ou seja, que deixaram de pagar em algum momento entre 2010 e hoje);

b) A lista indicará o nome do militante e o número de meses atrasados e o valor que deve ser pago (somando os meses em atraso de 2010 mais a assinatura de 2011).

c) A lista será enviada para as direções municipais e estaduais, que devem realizar campanhas de assinatura e conferir, no credenciamento dos respectivos congressos, se os militantes estão em dia.

2.2. Militantes do PT que ainda não são militantes da AE poderão ingressar na tendência, fazendo a assinatura do Página 13, até o dia do respectivo congresso municipal de base, desde que não haja recurso contra sua filiação à tendência.

a) Nestes casos, de quem não é militante da AE, é necessário fazer a assinatura do Página 13, mas não será necessário estar em dia com as assinaturas de 2010, bastando estar em dia com as assinaturas de 2011;

2.3.Militantes que se afastaram da tendência ou foram afastados por decisão de instância da tendência, não poderão votar nem ser votados em nenhuma fase do processo, salvo decisão em contrário da instância competente;

2.4. A ata do congresso de base deve relacionar nominalmente os militantes que renovaram ou que fizeram novas assinaturas do Página 13, para o caso de haver contestação e recurso às instâncias superiores da tendência, permitindo assim eventual recontagem do número de delegados eleitos.

CONGRESSOS DE BASE

3. Os congressos de base devem ocorrer entre fevereiro e março de 2011:

a) Cabe às direções estaduais aprovar o calendário proposto pelas direções municipais e acompanhar os congressos de base;

b) Cabe às direções estaduais definir a abrangência dos congressos de base, que podem ser municipais ou regionais (agrupando vários municípios);

c) A pauta dos congressos de base é a mesma do 1º Congresso Nacional. O tratamento de outros assuntos só pode ser feito depois que for esgotada a pauta nacional;

d) Os/as militantes da AE só podem votar e ser votados em um único congresso de base.

CONGRESSOS ESTADUAIS

4. Os congressos estaduais da AE devem se realizar nos meses de abril e maio de 2011.

5. Nos estados onde a AE não possui direção estadual organizada, os respectivos congressos estaduais devem ser acompanhadas pela Direção Nacional da tendência;

6. Fica autorizada, nos estados onde não há direção estadual organizada, a realização facultativa de um congresso estadual sem congressos municipais preparatórios, sendo que neste caso a proporção para a eleição dos delegados nacionais será de 1 delegado para cada 16 militantes presentes no congresso estadual;

6.1.Nos estados onde há direção estadual organizada, esta pode solicitar à Direção Nacional da AE autorização para realizar congresso estadual sem congressos municipais preparatórios;

6.1.Esta autorização deve ser solicitada, concedida ou negada até no máximo o dia 30 de janeiro de 2011;

ELEIÇÃO DE DELEGADOS

7. A proporção de delegados é a seguinte:

a) 1 delegado estadual para cada 4 militantes presentes no congresso de base;

b) 1 delegado nacional para cada 4 delegados presentes no congresso estadual;

8. A ata das conferências, relacionando os delegados eleitos e os suplentes, deve ser encaminhada à Direção Nacional até o dia 5 de junho de 2011.

9.Caso as direções estaduais não encaminhem as informações até o dia 5 de junho, o credenciamento dos delegados só poderá ser feito por decisão da comissão de credenciamento.

CONGRESSO NACIONAL

10.O quorum para instalação e deliberação do I Congresso é de 50% mais 1 dos delegados eleitos nos congressos estaduais.

11. Participam da I Congresso Nacional:

a) Com direito a voz e voto, delegados/as eleitos nos congressos estaduais preparatórios;

b) Com direito a voz, nos momentos autorizados pela Mesa, todos/as os/as militantes da AE;

c) Sem direito a voz, salvo nos momentos previstos neste Regimento, convidados/as a critério da Direção Nacional da AE, em especial militantes da esquerda petista e representantes de outros setores do Partido;

d) Na sessão de abertura do Congresso, toda a militância petista.

12. Só serão credenciados/as os/as delegados/as e militantes que:

a)estejam com assinaturas em dia do Página 13, conforme explicado no ponto 2 deste regimento;

b)cujos estados de origem estejam em dia com suas contribuições financeiras com a Nacional até o dia 15 de junho de 2011. Este pagamento pode ser feito a qualquer momento e até o dia do credenciamento dos delegados ao Congresso Nacional;

c)a tesouraria nacional divulgará, até os dias 29 de outubro de 2010 e 5 de junho de 2011, a lista de estados em débito com a Nacional, bem como o respectivo valor devido;

PROGRAMAÇÃO E REGIMENTO INTERNO

13. A Programação e o Regimento Interno da Conferência serão submetidos à aprovação dos delegados, no dia 00 de julho, a partir das 9h00.

14. Aprovado o Regimento Interno e a programação, os delegados devem:

a) eleger a Mesa Diretora dos trabalhos, a comissão de emendas e a comissão eleitoral;

b) homologar ou alterar a comissão de credenciamento indicada pela direção nacional ou pelo secretariado nacional;

15. A Mesa Diretora dos trabalhos deve ser integrada por 3 membros, que dividirão entre si as tarefas de condução do I Congresso.

16. A comissão de emendas deve ser integrada por 3 membros, cabendo recolher todas as propostas de alteração do texto-base e apresentar, para a Mesa Diretora, aquilo que deve ser submetido à deliberação dos delegados.

17. A comissão eleitoral, composta por 3 membros, será eleita pelo Congresso e terá como tarefa apresentar aos delegados, para debate e deliberação, uma proposta de composição da nova Direção Nacional da tendência;

18. A comissão de credenciamento será indicada pela Direção Nacional da AE e composta por 3 membros, a quem compete credenciar os delegados, os convidados e observadores, bem como avaliar os recursos existentes e apresentar, à Mesa Diretora, aquilo que deve ser submetido à deliberação dos delegados;

 

TEXTO-BASE

19. 0 1º Congresso elegerá, logo após a eleição da Mesa, da comissão de emendas e da comissão eleitoral, um texto-base.

20. As propostas de texto-base poderão ser registradas, junto ao secretariado nacional da AE, a partir de 31 de dezembro de 2010 e até 31 de junho de 2011. Os textos bases poderão ter até no máximo 90 mil caracteres e devem abordar um ou todos os pontos da pauta do Congresso.

21. Para registrar um texto-base é necessário a assinatura de:

a) um membro da Direção Nacional;

b) ou 10 assinaturas de dirigentes estaduais, distribuídos por no mínimo 10 estados (portanto, 1 dirigente por estado);

c) ou 100 militantes de base em dia com suas assinaturas do Página 13.

22. O Página 13 eletrônico divulgará, a partir de 1 de dezembro de 2010 e até 30 de junho de 2011, com edições quinzenais, uma Tribuna de Debates do I Congresso da AE, onde serão publicados tanto propostas de texto-base, quanto artigos assinados por militantes em dia, bem como textos assinados por amigos da AE convidados pelo secretariado nacional a se manifestar.

23. O Página 13 divulgará três edições especiais, com as propostas de texto-base:

a) em sua edição da segunda quinzena de janeiro de 2011, em papel e por meio eletrônico, de maneira que esta edição esteja disponível nos congressos de base;

b) em sua edição da segunda quinzena de março de 2011, em papel e por meio eletrônico, de maneira que esta edição esteja disponível nos congressos estaduais;

c) em sua edição da segunda quinzena de junho de 2011, em papel e por meio eletrônico, de maneira que esta edição esteja disponível no Congresso Nacional;

d) Página 13 divulgará, nas edições acima referidas, os textos que forem enviados com as assinaturas exigidas, no prazo que será definido pela redação do jornal. Ou seja: signatários que queiram republicar seu texto, devem simplesmente reenviar no prazo definido, com a lista de signatários.

DEBATE NO CONGRESSO

24. Após a aprovação do texto-base, os delegados ao I Congresso nacional debaterão em plenária geral e/ou em grupos de discussão

25. Haverá na programação espaço para reunião das frentes de trabalho da tendência.

ELEIÇÃO DA DIREÇÃO

26. As chapas que disputarão a direção nacional devem se inscrever até as 14h00 do dia previsto para a eleição da direção (ver programação abaixo). A eleição das delegações e das direções será feita, tanto nos congressos municipais, estaduais e nacional, com base no estipulado pelo regimento interno da AE, ou seja: em caso de mais de uma chapa, proporcionalidade na composição das delegações, majoritariedade na composição das direções.

PROGRAMAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL

08 de julho

09h00 - abertura do credenciamento

10h00 – reunião da Direção Nacional da AE

14h00 – abertura, aprovação do regimento interno, eleição da mesa, eleição da comissão de emendas e eleitoral. Homologação ou alteração da comissão de credenciamento.

15h00 - apresentação, debate e votação em plenária do(s) texto(s)-base

18h00 - jantar

20h00 - Abertura solene

09 de julho

09h00 - apresentação e votação de emendas sobre o tema estratégia e programa

12h00 – almoço

14h00 – apresentação e votação de emendas sobre o tema balanço da conjuntura e tática

19h00 – jantar

20h00 – apresentação e votação de emendas sobre o tema construção do PT e da AE

10 de julho

09h00 – plenárias das frentes de trabalho (frente de massas, frente institucional, frente organizativa)

12h00 – encerramento e almoço

14h00 - eleição da nova Direção Nacional da AE

27. Questões omissas neste regimento deverão ser decididas pela Mesa Diretora, cabendo recurso ao plenário de delegados.

Fonte: Site do Página 13

sábado, 6 de novembro de 2010

Picciani ministro da Dilma? Comparando as matérias abaixo, a Presidente Dilma precisa ser alertada!



Depois de irritar os petistas por causa das críticas feitas ao apoio do presidente Lula ao senador Marcelo Crivella (PRB), o candidato ao Senado pelo PMDB do Rio, Jorge Picciani, tenta agora a última cartada em busca de votos na véspera da eleição. Picciani espalhou pelo estado propagandas dele com outro candidato ao cargo: Waguinho (PTdoB), aliado do ex-governador Anthony Garotinho (PR) e adversário do atual governador Sérgio Cabral (PMDB), que tenta a reeleição. São panfletos e placas com fotos e números de Picciani e do ex-pagodeiro, ignorando o companheiro de chapa, Lindberg Farias (PT).
A publicidade pode ser vista, por exemplo, em ruas da Pavuna e do Rio Cumprido, na Zona Norte, e em municípios da Baixada Fluminense e tem a frase “Waguinho com Picciani em defesa do Rio”. A dobradinha tem a benção do pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. O material de campanha conta com o apoio do religioso e foi pago pela coligação “Juntos pelo Rio”, a mesma de Picciani.
Este ano, os eleitores podem votar duas vezes para senador. Nos bastidores, a atitude de Picciani é uma tentativa de conquistar o segundo voto de Waguinho e dos evangélicos, setor dominado por Crivella, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Waguinho pertence à igreja do pastor Marcos, com sede em São João de Meriti, na Baixada.
Em nota, por meio de sua assessoria de imprensa, Picciani disse apenas que “o material é antigo” e que não falará sobre o assunto “porque está muito ocupado com a campanha”.
- Confesso que fiquei surpreso. Isso deve expressar uma luta desesperada do Picciani nesta reta final – avaliou o presidente regional do PT, deputado federal Luiz Sérgio.
Lindberg, por sua vez, não quis polemizar:
- Não tem problema. Está tranquilo. Faz parte.
Em seu blog, Garotinho ironizou o impasse de Picciani com os petistas:
“Na internet, (Picciani) está sendo bombardeado nos blogs da turma do PT. Lindberg nem fez agenda com ele. Na linguagem das fazendas de gado, ‘a vaca atolou’”, escreveu Garotinho.
Na última pesquisa Datafolha, Lindberg aparece com 40% das intenções de voto e Crivella com 38%. Ambos estão tecnicamente empatados na liderança. César Maia (DEM) e Picciani têm 24%, seguidos de Waguinho, com 13%. Por conta disso, Picciani, que antes não fazia campanha com Lindberg, mudou a tática e colou sua imagem a do petista com o aval de Cabral.
Quarta-feira passada, Picciani vinculou a ajuda de Lula à reeleição de Crivella ao apoio dado pelo senador ao governo no escândalo do mensalão do PT. No dia seguinte, o Picciani não participou da agenda de campanha de Lindberg. O presidente apoia somente Crivella e o ex-prefeito de Nova Iguaçu. As críticas de Picciani contra Lula criaram um mal estar no PT, partido coligado com o PMDB. Pela internet, alguns blogs de petistas divulgaram textos chamando a atitude de Picciani de desleal.
Confiram os absurdos de um desesperado que NUNCA mereceu ser aliado ou apoiado pelo PT, o Lula estava certo!

Declarações de Picciani irritam cúpula do PT

RIO – As críticas do candidato do PMDB ao Senado pelo Rio de Janeiro, Jorge Picciani, contra o apoio do presidente Lula à reeleição do senador Marcelo Crivella (PRB) criaram mal estar no PT, partido coligado.
O presidente estadual do PT, deputado Luiz Sérgio, considerou a declaração como “infeliz e inadequada” . Pela internet, blogs de petistas divulgaram textos chamando a atitude de desleal.
Nesta quarta-feira, Picciani vinculou a ajuda de Lula a Crivella ao apoio dado pelo senador ao governo durante o mensalão. Nesta quinta-feira, Picciani não participou de agenda com Lindberg Farias (PT), candidato ao Senado. O peemedebista não comentou as críticas.
As críticas do candidato do PMDB ao Senado pelo Rio de Janeiro, Jorge Picciani, contra o apoio do presidente Lula à reeleição do senador Marcelo Crivella (PRB) criaram mal estar no PT, partido coligado. O presidente estadual do PT, deputado Luiz Sérgio , considerou a declaração como “infeliz e inadequada” .
Pela internet, blogs de petistas divulgaram textos chamando a atitude de desleal.
Nesta quarta-feira, Picciani vinculou a ajuda de Lula a Crivella ao apoio dado pelo senador ao governo durante o mensalão.
Nesta quinta-feira, Picciani não participou de agenda com Lindberg Farias (PT), candidato ao Senado.
O peemedebista não comentou as críticas.

Não ao Picciani como ministro!!! Nós militantes do Núcleo JPC - Articulação de Esquerda, não apoiamos em hipótese nenhuma de Picciani como ministro do futuro governo Dilma!!! Latifundiário e com trabalho escravo jamais em nosso governo do PT!!!

Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita para a Presidência da República


Pela primeira vez nos 121 anos de história republicana, o Brasil será governado por uma mulher. A mineira Dilma Vana Rousseff, 62 anos, foi eleita neste domingo (31). Com quase 97% dos votos apurados, Dilma, do PT, liderava, às 20h45, com 54,1 milhões de votos (55,8%), contra 42,8 milhões de José Serra (PSDB). Ela será a 42ª pessoa a ocupar a Presidência da República. (Conheça os 41 presidentes do Brasil). Depois de quase cinco meses de uma campanha acirrada, a candidata petista parte agora para a dura tarefa de apaziguar os ânimos políticos e tentar manter os altos índices de aprovação ostentados pelo governo do presidente Lula.

Filha do engenheiro búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane Silva, Dilma Rousseff nasceu em Belo Horizonte, onde iniciou a sua militância política aos 16 anos no movimento estudantil, às vésperas do Golpe Militar de 1964.

Com o endurecimento da ditadura, Dilma adotou o caminho da luta armada. Foi presa em 1970, permanecendo três anos na cadeia, onde foi submetida a torturas. Hoje divorciada, foi casada com o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem teve uma filha. Antes, esteve casada por dois anos com o jornalista Claudio Galeno.

Fora da prisão, Dilma Rousseff retomou os estudos, em 1973, tendo cursado economia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Com a anistia e a volta do pluripartidarismo, filiou-se ao PDT, de Leonel Brizola, fazendo parte da gestão do governador Alceu Collares.

Escolhida candidata pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma fez parte do governo petista desde o primeiro momento, em 2003. Foi ministra das Minas e Energia e ministra-chefe da Casa Civil, cargo que assumiu no lugar de José Dirceu, demitido, em 2005, em meio às denúncias do esquema do mensalão.

Na Casa Civil, foi a coordenadora das ações do governo. Com a proximidade do calendário eleitoral, o governo procurou dar mais visibilidade à então ministra, associando o seu nome a programas como o Minha Casa, Minha Vida e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Em abril de 2009, Dilma revelou que estava se tratando de um câncer linfático. Ela se disse curada depois de ter-se submetido a sessões de quimioterapia e radioterapia.

Pouco conhecida do eleitorado e disputando contra um veterano em eleições, Dilma começou a campanha com pouco mais de 15%, enquanto José Serra, do PSDB, ostentava índices superiores a 30% das intenções de voto.

Com o decorrer da campanha e o empenho cada vez maior do presidente Lula, acusado pela oposição de usar a máquina pública em favor de sua candidata, Dilma abriu dianteira, dando a impressão de que venceria já no primeiro turno, mesmo com as denúncias envolvendo a substituta de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra.

O crescimento da candidatura da senadora Marina Silva (PV), porém, provocou o segundo turno e renovou as esperanças tucanas.

Mas faltava uma parcela pequena do eleitorado a ser convencido pela campanha petista. E foi o que ocorreu neste dia 31 de outubro de 2010, com a consagração de Dilma Rousseff como a primeira mulher a governar o Brasil.

Dilma chega à presidência tendo como vice o deputado paulista Michel Temer, que preside o PMDB.

Da Redação / Agência Senado