quarta-feira, 30 de março de 2011

Padre José Comblin (Teologo da Libertação) morre na Bahia


Comblin: Bastão de Deus que fustiga os acomodados

Teólogo Pe. José Comblin,
falecido em 27/03/2011
Faleceu neste domingo, 27 de março de 2011, o padre e teólogo José Comblin, no Estado da Bahia, aos 88 anos de idade. Leia artigo sobre Comblin.

* José Lisboa Moreira de Oliveira, disponível em Adital

Estou acompanhando o que se anda dizendo nos últimos dias sobre o nosso irmão teólogo José Comblin. Houve quem tentou até se compadecer dele dizendo que já passou dos oitenta e chegou a insinuar que ele está meio "gagá”. E por está gagá, coitadinho, passou a dizer umas coisas fora de lugar, fazendo umas afirmações pessimistas, vendo o horizonte escuro, tendo uns ataques de "alucinação”, enxergando coisas que não existem, falando mal da hierarquia da Igreja e assim por diante.

Todas essas coisas me fizeram imediatamente pensar nos profetas de todos os tempos. Também eles, quando começaram a falar sem meios-termos, a "dar nomes aos bois”, a colocar o dedo em certas feridas, foram logo acusados de serem visionários, lunáticos, inimigos da religião e do rei. Amós, por exemplo, foi acusado por Amasias, sacerdote de Betel e "capanga” de Jeroboão, de ser um visionário. Por essa razão foi impedido de profetizar no santuário do rei (Am 7,10-17). Jeremias foi surrado e preso (Jr 20,1-6). Antes deles, Elias teve que se refugiar no deserto para não ser assassinado por Jezabel (1Rs 19,1-8). Geralmente todos os profetas são perseguidos e ridicularizados por que falam a verdade e não camuflam a realidade. Creio que o paradigma de todos os profetas é Miquéias, odiado porque nunca profetizava coisas boas, mas só desgraças (1Rs 22,8). Ou seja, não era bajulador e conivente com os poderosos, mas falava apenas o que Javé mandava falar (1Rs 22,14). Era fiel somente a Deus.

Também Jesus, o profeta por excelência, não escapou da fúria dos poderosos. Falou o que pensava, do que estava convencido, atacando tanto o sistema religioso como o poder político. Por essa razão chegaram a pensar que ele estava louco (Mc 3,21). Terminou os seus dias crucificado como um malfeitor. Tinha feito tremer a ordem estabelecida e ameaçado a posição dos privilegiados, desmascarando suas hipocrisias e suas falsidades (Mt 23,1-36).

Não. Comblin não está gagá, não está louco, não está tomado de pessimismo e nem tão pouco de derrotismo. Comblin é um dos poucos profetas que ainda temos na Igreja dos nossos dias. Infelizmente em tempos de exílio eclesial, como o que estamos vivendo atualmente, é rara a figura do profeta. "Nesse nosso tempo, não há chefe, profeta ou dirigente” (Dn 3,38). Quando a corrupção atravessa os limiares da religião, e permanece entranhada dentro dela, são poucas as pessoas dotadas de clareza e de lucidez (1Sm 3,1). Todos querem fazer carreira e preferem silenciar, mesmo sabendo interiormente que o que acontece não condiz com o projeto de Deus. Como verdadeiro profeta, Comblin não se deixa enganar e não se ilude com o que vê. Enxerga longe, além das aparências e dá o seu prognóstico, mesmo que tal prognóstico, como no caso de Miquéias, apareça cruel, sem piedade e sem esperança. Mas é assim mesmo e assim deve ser, pois se trata de profeta e de profecia.

O profeta é o bastão de Deus que fustiga os acomodados. E onde há profetas verdadeiros e autênticas profecias há incômodo e mal-estar para muita gente. Dom Tonino Bello, bispo de uma minúscula diocese do sul da Itália, falecido ainda jovem, vítima de um câncer, gostava de afirmar que o autêntico cristão deve consolar os aflitos e afligir os consolados e acomodados. De fato, ele incomodou bastante seus colegas bispos italianos. Sua simplicidade e pobreza, sua determinação em defender os pobres, especialmente os imigrantes africanos, o colocou em rota de colisão com as eminências e excelências. Teve inclusive que dar explicações à cúpula da Igreja acerca da sua atitude audaciosa de acolher no palácio episcopal alguns imigrantes africanos. Mandaram-lhe como visitador um bispo de uma diocese da Sicília, o qual, logo depois de sua visita a Dom Tonino, ficou conhecido no país por suas ligações com a máfia, sendo inclusive processado pela justiça italiana. Não foi preso porque a diplomacia vaticana entrou em ação e não permitiu que isso acontecesse.


Comblin é um autêntico teólogo e como tal não se contenta em ficar repetindo o que os outros já disseram. Não é teólogo-papagaio e nem faz teologia de coorte, apenas repetindo frases do Catecismo ou de documentos da Igreja para agradar a cúpula eclesiástica, receber elogios ou até compensações, como, por exemplo, uma roupa roxa ou avermelhada. Comblin faz teologia de verdade, ousando dizer o que ninguém diz, propondo alternativas para o que aí está, apontando caminhos que podem ser trilhados. Como teólogo-profeta mostra que certos modelos atuais de Igreja estão carcomidos pelo tempo e por vícios seculares e não dizem mais nada para a humanidade que sonha com outro mundo possível e com uma comunidade eclesial que, de fato, seja sinal desse novo mundo.

Com sua ousadia e determinação profética, Comblin não tem medo de afirmar que a Igreja precisa perscrutar os "sinais dos tempos”. Não pode viver acomodada, acreditando que o atual modelo eclesiástico é o melhor de todos os tempos. Creio que Comblin está sendo ridicularizado porque do alto de sua sabedoria anciã tem a coragem de falar palavras proféticas como essas: "A experiência mostra que a hierarquia errou muitas vezes na condução da Igreja em circunstâncias determinadas. O Espírito mostra o caminho por outros meios. A hierarquia deve estar atenta aos sinais dos tempos que alguns cristãos têm o dom de entender. Deve escutar se não quer errar e provocar desastres” (A profecia na Igreja, São Paulo: Paulus, 2008, p. 11). Alguns membros da hierarquia não suportam tanta sinceridade e honestidade. Estendendo o dogma da infalibilidade papal para todos os casos e para todos os hierarcas, sem exceção, não admitem que alguém diga que alguns deles, em algum momento, erraram e continuarão a errar se não souberem escutar. Atribuem a si mesmos uma prerrogativa divina, ocupando na Igreja e na terra um lugar que pertence exclusivamente a Deus.

Não temos como negar. É visível a mudança de rota na Igreja Católica Romana a partir do final da década de 1970. Aos poucos as propostas e intuições do Concílio Vaticano II são postas de lado ou reinterpretadas a partir de uma eclesiologia jurídica, segundo a qual o direito canônico está acima do Evangelho. Enquanto se perde tempo com a discussão de temas banais, questões sérias não são enfrentadas. Basta lembrar, por exemplo, o caso da centralidade da celebração eucarística. Institui-se um ano eucarístico, afirma-se que a Eucaristia é o centro e o cume da vida cristã, e, no entanto, não se resolve o problema gravíssimo das milhares e milhares de comunidades católicas que ficam meses e até anos sem a celebração eucarística dominical.

Qualquer pessoa honesta, que conheça bem a situação da Igreja no momento atual, não poderá negar que ela está sendo dominada por grupos e movimentos ultraconservadores. Tais grupos e movimentos estão trazendo de volta a Igreja da Contra-Reforma, fechando cada vez mais os espaços de participação do povo de Deus, impondo uma moral rigorista e "tirando do baú” costumes e tradições arcaicas, "mofadas” e ridículas. Os pobres são cada vez mais esquecidos e é notória a adesão desse modelo de Igreja a sistemas políticos de direita. Com isso a Igreja Católica Romana vai se distanciando da realidade do povo e se tornando cada vez mais um sinal opaco e sem sentido do Reino de Deus. Por essa razão é cada vez mais visível o afastamento das comunidades eclesiais de pessoas com um pouco de bom senso e com consciência crítica. A Igreja Católica vai se transformando, no dizer de Cappelli, numa comunidade "infantil, feminil e senil”. Uma Igreja só de crianças e de mulheres idosas. Alguns até se empolgam porque, de vez em quando, aparecem jovens distraídos em alguns espaços religiosos. Mas não deveriam se iludir. A participação de jovens nas comunidades católicas não ultrapassa a percentagem de 1% do total de jovens da nossa sociedade.

Dizia pouco antes, citando o profeta Daniel, que na atualidade não temos mais nem chefe e nem profeta. De fato, as lideranças cristãs transformaram o serviço de coordenação e de presidência das comunidades em puro carreirismo. Por isso adotam uma atitude de subserviência, não se importando com os reais problemas de suas comunidades. Os próprios bispos não mais cultivam a solicitude por todas as Igrejas, elemento fundamental do ministério episcopal e do colégio episcopal. Assim sendo, não falam com as instâncias vaticanas com a autoridade de bispos das Igrejas locais e da Igreja Católica, de igual para igual. Agem com timidez e medo, deixando de oferecer à direção da Igreja em Roma seus pareceres sobre questões e problemas eclesiais inadiáveis. Sem falar em todo o problema da onipotência da burocracia eclesiástica que, como nota o próprio Comblin, não se move e não faz nada para uma maior descentralização (cf. Quais os desafios dos temas teológicos atuais? São Paulo: Paulus, 2005, pp. 60-64).

Por que, então, tanto escândalo e tanto alvoroço com aquilo que Comblin falou ultimamente? Será que perdemos a capacidade de enxergar? Por que insistimos num comportamento de avestruz, recusando-nos a ver o que é tão visível? Por que duvidar da possibilidade de "politicagem e de conchavos” dentro da Igreja Católica? Por acaso não conhecemos a sua história para saber que ela sempre esteve cheia desses casos? Será que esquecemos que os escritores dos primeiros séculos do cristianismo a chamavam de "casta meretrix”, de "casta prostituta”? Será que chegamos a um nível tal de arrogância a ponto de achar que o atual sistema eclesiástico é tão perfeito a ponto de não mais precisar de reformas e nem de profetas para pregar a conversão da Igreja?

Comblin é um profeta que possui sensibilidade para perceber o que está acontecendo. E por isso fala sem medo e sem falsas contenções. Ele, enquanto ancião, é um verdadeiro modelo para as novas gerações de cristãos e de cristãs. Como o velho Eleazar (2Mc 6,18-31) prefere a morte, a perseguição e a calúnia do que trair suas próprias convicções. Não aceita fingir para escapar dos olhares mortíferos dos acomodados e incomodados. Recusa-se a ser tratado com benevolência e a trocar sua fidelidade por vantagens. Assim, "coerente com a sua idade e com o respeito da velhice, coerente com a dignidade dos seus cabelos brancos” (2Mc 6,23), prefere continuar firme em sua profecia. Como Eleazar, ele tem consciência de que o fingimento, em troca de certas vantagens e do "bom nome”, escandalizaria os mais jovens. Assim é para todos nós um exemplo honrado de fidelidade. Uma fidelidade diferente, é claro. Ele não pretende amar a Igreja mais do que os outros, como insinuou alguém. Apenas ama-a de um modo diferente, radical e corajoso. Um modo, aliás, que não se tem visto ultimamente, inclusive entre os anciãos, e do qual tanto precisamos em nossos dias.

* José Lisboa Moreira de Oliveira é filósofo, doutor em teologia, ex-assessor do Setor Vocações e Ministérios/CNBB, ex-presidente do Instituto de Pastoral Vocacional, gestor e professor do Centro de Reflexão sobre Ética e Antropologia da Religião (CREAR) da Universidade Católica de Brasília.

quinta-feira, 24 de março de 2011

D. Oscar Romero, Bispo e Mártir - 31 anos de seu martírio!!!




24 de março de 1980 é a data da martírio de D. Oscar Romero, arcebispo de San Salvador na América Central.

Martirizado no altar enquanto celebrava a missa, por sua opção e defesa dos pobres declarou:

Se me matarem ressuscitarei na luta do povo salvadorenho.

D. Romero é memória preciosa na caminhada da Igreja Latino Americana comprometida com os empobrecidos e excluídos.

D. Romero declarou: Nos perseguem por nossa opção pelos pobres!

A vida de D.Romero é o exemplo mais forte de compromisso pastoral e da coragem de DAR A VIDA pelo seu rebanho e de levar até as últimas consequências as escolhas feitas por Amor.

A minha geração foi muito marcada pelo seu exemplo e fidelidade, D. Romero tornou-se para nós um ícone, um testemunho do seguimento de JESUS no meio dos conflitos que exigem tomada de posição em defesa da VIDA dos enfraquecidos e explorados.

Nossas comunidade jamais esquecerão suas palavras e ensinamentos.

A vida de D. Romero foi transformada pela vida de seu povo, como Bispo assumiu as dores de seu povo como suas dores, foi sinal de esperança e resistência, foi chamado “A voz dos sem voz”!

No dia da memória do seu martírio o seu nome continua a brilhar no continente Latino Americano e em toda a Igreja que insiste em reconhecer nos desvalidos o rosto do SENHOR JESUS.

segunda-feira, 21 de março de 2011

PELA IMEDIATA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS DA PASSEATA DE PROTESTO DO RIO!


PELA IMEDIATA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS DA PASSEATA DE PROTESTO DO RIO!

Nós, parlamentares e dirigentes políticos fluminenses, estamos empenhados na imediata libertação do(a)s cidadã(o)s - trabalhadores e estudantes - presos por estarem participando de manifestação democrática e pacífica, em 18/3, contra a política intervencionista dos governos dos EUA no mundo.

Em inquérito sumário e célere, 12 pessoas foram acusados de atirarem 'artefato incendiário' e 'causar lesões corporais' em funcionário do Consulado norte-americano no Rio e se encontram encarcerados. Os homens, inclusive, já tiveram suas cabeças raspadas!

Desafiamos as autoridades policiais do Rio de Janeiro e também o próprio Consulado estadunidense a provar o envolvimento de qualquer dos detidos no ato de vandalismo.

A continuada detenção desses militantes é arbitrária e injusta, e o Judiciário precisa acolher os pedidos de Habeas Corpus.

Liberdade para os presos já!

Assinam:

Senadores: Lindberg Farias (PT) e Randolfe Rodrigues (PSOL)

Deputados Federais: Chico Alencar (PSOL), Chico D'Ângelo (PT), Doutor Aluízio (PV), Jean Wyllys (PSOL) e Stepan Nercessian (PPS)

Deputados Estaduais: André Ceciliano (PT), Enfermeira Rejane (PCdoB), Gilberto Palmares (PT), Inês Pandeló (PT), Janira Rocha (PSOL), Marcelo Freixo (PSOL), Nilton Salomão (PT), Robson Leite (PT), Zaqueu Teixeira (PT)

Vereadores: Eliomar Coelho (PSOL-RJ), Elton Teixeira (PT-Queimados) Paulo Pinheiro (PPS-RJ), Renatinho (PSOL-Niterói) e Taffarel (PT-Mesquita), e o ex-Deputado Federal e Presidente Regional do PSTU, Cyro Garcia.

Fonte : Site do deputado federal Chico Alencar.



sexta-feira, 18 de março de 2011

Decisão do PT fluminense de desautorizar manifestações contra Obama gera polêmica

A decisão do presidente estadual do PT (Partido dos Trabalhadores) do Rio de Janeiro, Jorge Florêncio, de desautorizar manifestações contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desagradou militantes. A opinião é de Ronaldo Cerqueira, da direção estadual da Articulação de Esquerda (corrente interna do partido), e de Indalécio Wanderley Silva, secretário de Movimentos Populares do PT fluminense.

De acordo com Cerqueira, que concedeu entrevista ao Opera Mundi, os militantes ficaram surpresos e descontentes com a postura de Florêncio, e continuam organizando protestos contra Obama. “Somos contra e não vamos aceitar. Nós iremos mobilizar nossa militância, estaremos presentes sim”, contestou.

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Na quinta-feira (17/03), o site do PT do Rio de Janeiro divulgou nota negando participação oficial do partido nos atos previstos. “Não existe qualquer tipo de deliberação por parte desta instância partidária no que concerne a organização, participação e apoio a qualquer tipo de manifestação hostil à presença do presidente Barack Obama em nosso Estado”, diz o documento. “Sendo assim, [o PT estadual] desautoriza a qualquer membro manifestar opinião, em nome do partido, que não reflita o posicionamento oficial do mesmo”.

Na avaliação de Jorge Florêncio, as críticas à nota não têm fundamento. “Estamos em um partido político. Não foi feita nenhuma reunião sobre esta questão. Não podemos tomar um posicionamento individual e adotar como se fosse a posição do partido”, justificou-se. O presidente estadual da sigla disse também que “filiação a um partido político pressupõe responsabilidade política, ainda que os movimentos sociais tenham o direito de se manifestar em sua individualidade".

Para Ronaldo Cerqueira, essa decisão é “totalmente arbitrária e arrogante”, e vai "contra os ideais do PT. Segundo ele, “Obama fez muitas promessas na campanha e nenhuma foi cumprida. Como fechar a prisão de Guantánamo, por exemplo”, disse.

Indalécio Wanderley Silva, secretário de Movimentos Populares do PT do Rio, disse ao Opera Mundi que os protestos foram definidos por movimentos sociais de vários Estados, e que não cabe ao PT do Rio de Janeiro definir se haverá ou não manifestações. “Trata-se de um movimento nacional. O PT do Rio não pode definir isso. São os movimentos sociais. Jorge Florêncio está equivocado. As manifestações já estão marcadas e vão acontecer em outros Estados também”, afirmou.

Procurado pela reportagem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, preferiu não comentar a proibição feita pelo diretório do Rio de Janeiro. “Sou petista, mas agora sou ministro da Justiça, não mais do PT. Prefiro não falar nada sobre”, afirmou Cardoso que, de 2008 até assumir o Ministério, foi secretário-geral do partido.

Obama chegará no sábado a Brasília, e depois de se reunir com a presidente Dilma Rousseff, irá para o Rio de Janeiro. O pronunciamento público que estava programado para acontecer na histórica Cinelândia, no centro da cidade, foi transferido para o Teatro Municipal.

Além dos petistas, outros militantes preparam protestos por meio de entidades como CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), além de partidos como o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), PC do B (Partido Comunista do Brasil) e PCB (Partido Comunista Brasileiro).

Leia abaixo nota completa do presidente estadual do PT/RJ:

O Presidente Estadual do Partido dos Trabalhadores, Jorge Florêncio, torna público que não existe qualquer tipo de deliberação por parte desta instância partidária no que concerne a organização, participação e apoio a qualquer tipo de manifestação hostil a presença do Presidente Barack Obama em nosso Estado.

Sendo assim, desautoriza a qualquer membro manifestar opinião, em nome do Partido, que não reflita o posicionamento oficial do mesmo.

Neste momento em que o nosso País consolida-se como um estratégico interlocutor no cenário político internacional a vinda do Presidente Barack Obama ao Brasil, a convite da Presidenta Dilma, deve ser encarada como importante passo para afirmação dos nossos interesses políticos e comerciais.

Receber o Presidente Barack Obama na cidade do Rio de Janeiro no próximo domingo constitui-se importante oportunidade de consolidarmos a imagem da Cidade Maravilhosa, do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil no cenário internacional.

*Colaborou Beatriz Bulla



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Fonte: Opera Mundi : http://migre.me/44sye

sexta-feira, 11 de março de 2011

SITUAÇÃO DAS UPAS – UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTOS.



SITUAÇÃO DAS UPAS – UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTOS.

Estas unidades foram criadas num projeto piloto e implionário no governo do estado do Rio de Janeiro como carro chefe da administração estadual na área da saúde no final do ano de 2007 e início de 2008.

O projeto é uma missão dentro do setor da saúde, para tentar desafogar e desobstruir as emergências dos hospitais de grande porte do nosso estado do Rio de Janeiro, deixando-os livres e desocupados para poder dar uma atenção especial aos atendimentos médicos de média e alta complexidade, com uma sustentação médico-hospitalar para dar o suporte necessário aos casos especiais que adentram os grandes hospitais num atendimento de alto risco.

As UPAS, vienheram para auxiliar o atendimento de baixa complexidade que não necessariamente necessita de um atendimento mais minucioso nos hospitais de grande porta.

Sabemos das dificuldades enfrentadas pelos pacientes que chegam para procurar um atendimento pelo SUS (que no papel seria uma referência mundial positiva em tratamento público médico no Brasil e seria uma base elementar de modelo de gestão para o mundo). Mais na realidade percebe e constata-se na prática que a situação é muito complicada para um paciente ser atendido com respeito, educação e carinho nas unidades públicas de saúde, que se encontram num total abandono, com falta sistemática de profissionais capacitados e treinados e a infra-estrutura precária faltando de tudo como: (remédios, insumos em geral, falta de laboratórios para exames, raios-X etc)...

Para que pudéssemos dar um atendimento digno e respeitoso de baixa complexidade para os pacientes que procuram estas unidades chamadas de UPAS.

Em relação as UPAS, poderíamos tentar construir uma base sólida para universalizar o seu atendimento que seja padrão em todos os municípios do estado do Rio de Janeiro que já possuem estas unidades e também em nosso país onde está sendo construídas e inauguradas as UPAS.

Temos que melhorar muito no que diz respeito ao atendimento constata-se um falta enorme principalmente de médicos (as) nas áreas que as UPAS oferecem atendimento como clínica médica, pediatria e odontologia, são muitas as reclamações e os questionamentos sobre as UPAS.

Essa é uma primeira avaliação das UPAS, no estado do Rio de Janeiro.

Depois iremos fazer um diagnóstico mais detalhado sobre a situação da Saúde no Rio de Janeiro.

Ronaldo Castro