quinta-feira, 22 de março de 2012

Missa de Envio do Ano Missionário da PJMP-RJ


Missa de Envio do Ano Missionário da PJMP-RJ

Será no Dia 25 de março às 19horas

Paróquia São Jorge e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Rua Dona Ana. nº 1656 - Nova Aurora. Belford Roxo

Diocese de Nova Iguaçu - RJ

Realização - Coordenação Regional Leste I da

Pastoral da Juventude do Meio Popular - CRPJMP - Leste I.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Plenária Cidadania em Tempo Real em Nilópolis.


ESTA CHEGANDO A HORA, VAMOS DIVULGAR ESTE EVENTO.

Meus amigos e minhas amigas!!!!

Paz e bem,

Venho lhe convidar para a Plenária Cidadania em Tempo Real em

Nilópolis no dia 24/03/2012, local na Câmara Municipal de

Vereadores às 17 horas!!!

Contamos com a sua presença!!!!

sábado, 17 de março de 2012

IV Congresso Nacional da PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR em Janeiro de 2014 - Pernambuco.


IV Congresso Nacional da PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR em Janeiro de 2014 - Pernambuco.


sexta-feira, 16 de março de 2012

Estimadas Autoridades dos Sete Municípios da Diocese de Nova Iguaçu - Que a saúde se difunda sobre a terra!!!



Dom Luciano Bergamin em comunhão com seu Clero escreve aos prefeitos da cidades em que exerce seu ministério pedindo tratamento digno para os que que recorrem aos Hospitais e aos postos de Saúde publica.

A FÉ o modo de possuir, aquilo que ja se espera" Heb:11,1.

Estimadas Autoridades dos Sete Municípios[1] da Diocese de Nova Iguaçu,

Que a saúde se difunda sobre a terra!!!

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, como acontece anualmente, promove aCampanha da Fraternidade, como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da Quaresma, que é tempo de conversão e renovação.Este ano a Igreja propõe como tema da Campanha: FRATERNIDADEE SAÚDE PÚBLICA.
lema: Que a saúde sedifunda sobre a terra! (Eclo 38,8). Deseja assim, sensibilizar a todos, Cidadãos, Setor Público e Privado, sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública, conforme suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras.

Destacamos o princípio de universalidade. Nossa Constituição Federal proclama que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, e que isto precisa realizar-se através do programa do SUS que deve, portanto, atendimento a toda e qualquer pessoa, no acesso aos procedimentos necessários à saúde de todos. Porém, a realidade que nos é apresentada deixa-nos preocupados. Sabemos que 75% da população de nosso país utilizam o SUS. Contudo o atendimento é deficiente, por falta de recursos humanos, materiais e de verba. Isso se dá pelo pouco investimento na área de saúde. Enquanto em países que adotam sistema idêntico ao nosso são investidos 6,7% do PIB em média, no Brasil apenas 3,24% são destinados à saúde. Este quadro faz com que a saúde, um bem de todos, se torne um privilégio de alguns, discriminando, ou por motivo politiqueiro, ou por ganância de lucro, a maioria do povo.

A Igreja Católica no Brasil quer por intermédio desta Campanha, incentivar uma saúde para todos, sem discriminação e privilégios, além de propor uma humanização no atendimento da população sedenta de vida e dignidade. Proclama que: a melhor forma de cuidar da saúde é evitar que a doença aconteça. Desta forma, incentiva hábitos saudáveis,
uma melhor alimentação, exercícios físicos e que Governos se empenhem em regular e fiscalizar os alimentos que são vendidos à população. Queremos pedir às autoridades competentes que o Programa de Saúde da Família seja uma política de Estado. Seja incentivada a formação de pessoal qualificado para esta função, já que há uma deficiência no número de médicos disponível no Brasil, sobretudo, nas periferias, onde habitam os mais pobres.

A Diocese de Nova Iguaçu quer ser presença junto a essa dura realidade pela qual passa o nosso povo, nos sete municípios que a compõe. Sentimos todos, a urgência que haja bom atendimento nos Postos de Saúde, nas Unidades Mistas, Unidades Pronto Atendimento (UPA) e nos Hospitais.Fazemos um forte apelo para que sejam construídos e funcionem a contento, mais hospitais públicos, já que o Hospital Geral de Nova Iguaçu, não tem condições de atender dignamente à demanda tão numerosa. Aproveitamos também para expressar estima e gratidão aos profissionais da saúde e a quantos se dedicam aos doentes e à recuperação da saúde psíquica, física e espiritual em nossa Baixada. Deus Ihes abençoe! Nunca desistam em sua missão humanitária e cristã: em cada doente há um ser criado à imagem e semelhança de Deus, e que invoca ajuda.

Autoridades e sociedade civil, unamos nossos esforços, e
capacidades para fazer de nosso povo um povo saudável.

O Senhor Jesus, durante sua vida, sempre teve compaixão e amor
para quem sofria e pedia auxílio. Que Ele nos ajude a agirmos da mesma maneira, como bons samaritanos.

Nossa Senhora da Saúde e Santo Antônio, intercedam por todos nós!!!

Nova Iguaçu; 25de fevereiro de 2012

Dom Luciano Bergamin.
Bispo da diocese de Nova Iguaçu - RJ.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Belluzzo: Globo e Teixeira viveram relação de mútua dependência


Nesta entrevista em que comenta a queda do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e as mudanças que podem ocorrer no esporte a partir de agora, o ex-presidente do Palmeiras Luiz Gonzaga Belluzzo diz que a TV Globo manteve uma relação forte com o ex-mandatário para não correr o risco de perder o principal item de sua programação. "O problema são todos esses interesses privados, que não levam em conta o interesse público", afirma o economista.

Ex-presidente do Palmeiras (2009/10) e um apaixonado pelo futebol, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo se encontrou apenas duas vezes com o ex-mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, que renunciou nesta segunda-feira (12). O ano era 2010 e ocorria a eleição para o comando do Clube dos 13, entidade que representa as mais importantes equipes do país. Teixeira articulava a candidatura do ex-presidente do Flamengo, Kléber Leite, contra Fábio Koff. Na ocasião, Belluzzo "trombou" com o então comandante da CBF.

"Eu defendi que a entidade dos clubes precisava ser autônoma, e não vinculada à CBF", lembra ele. No fim, Koff venceu, mas o Clube dos 13 saiu enfraquecido. Era cada vez mais previsível o racha, que acabou ocorrendo em 2011, na disputa pelo dinheiro do futebol pago pela TV Globo.

Nesta entrevista à Marcel Gomes da Carta Maior, 13-03-2012, Belluzzo diz que espera por mudanças no futebol brasileiro, mas afirma que dificilmente elas virão dos clubes, verdadeiras "casamatas que reúnem os interesses mais díspares, dos maiores aos mais mesquinhos”.

Eis a entrevista.

Quem foi Ricardo Teixeira para o futebol brasileiro?

Para entender o papel dele precisamos voltar no tempo, até a eleição de João Havelange na Fifa, em 1974, quando ele substituiu Stanley Rous. A partir dali houve uma mudança importante na administração do futebol, na relação com os patrocinadores. A direção do futebol deixou de ser feita de maneira amadora e se tornou um grande negócio, sobretudo para a área de marketing, que aproveitou o fato de o esporte ter se tornado uma impressionante manifestação de massa. Esse processo tomou corpo nos anos 80 e se acentuou nos 90.

Foi essa transformação que ocorreu no Brasil em 1989, com a eleição de Ricardo Teixeira para a CBF?

Exatamente. O futebol se tornou um grande centro de negócios, legais e ilegais, e atraiu aventureiros interessados em ganhar dinheiro. Os escândalos começaram aí, e não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Se você deixa a lógica do dinheiro dominar, precisa tomar cuidado para não perder a natureza da atividade. Esse é o problema do futebol, o mais interessante de todos os esportes quando é bem jogado.

Isso afetou o esporte dentro de campo?

No Brasil e em todo o mundo. Houve o caso da Copa do Mundo na França, em 1998, quando a Nike teria se envolvido na escalação de Ronaldo no jogo final. E o campeonato brasileiro de 2005, com a questão das apostas e a manipulação de resultados.

Ricardo Teixeira sempre dependeu muito de sua relação com a TV Globo, não?

Era uma relação muito forte, de mútua dependência. A Globo tem o futebol como o principal item de sua programação, então seria muito complicado ficar sem ele. O problema são todos esses interesses privados, que não levam em conta o interesse público.

O futebol é um bem material e imaterial da cultura brasileira. Sua gestão não teria de ser mais pública?

Você tem razão. Os clubes de futebol são entidades semipúblicas, responsáveis por um esporte que interessa a todos os brasileiros. Uma mudança de gestão, porém, teria de passar por uma mudança da organização desses clubes. Mas isso é muito difícil, porque eles são controlados por oligarquias que não querem que algo mude. Falo por experiência própria, como ex-presidente do Palmeiras. Os clubes são casamatas que reúnem os interesses mais díspares, dos maiores aos mais mesquinhos.

É difícil que a democratização venha debaixo?

Muito difícil. Sem uma regulação geral, os clubes têm se enfiado nas mais complicadas negociações financeiras. Se sou presidente do Palmeiras e o Corinthians gasta muito com um jogador, eu tenho de fazer o mesmo. Veja o caso do Flamengo, que está em uma situação difícil e, mesmo assim, segue contratando jogador. Países como Alemanha e França já criaram regulações coletivas para fazer o controle financeiro do clube, impor teto de endividamento e levá-los a segunda divisão se eles quebrarem. Precisamos de algo similar aqui.

O senhor discutiu alguma vez esses assuntos com Ricardo Teixeira?

Eu me encontrei com ele apenas duas vezes, uma em São Paulo e outra no Rio, quando havia a eleição do Clube dos 13 em 2010. Ele articulou a candidatura do Kleber Leite contra o Fábio Koff, mas felizmente os clubes barraram. Venceu o Koff. Naquela época, eu defendi que a entidade dos clubes precisava ser autônoma, e não vinculada à CBF.

E a CBF sem Ricardo Teixeira? Muda algo?

A CBF é um pote de ouro, uma arca perdida que todo mundo quer. Minha esperança é que surja alguém mais isento. Mas é difícil, porque a eleição depende dos presidentes das federações. E aí é um jogo de compromissos.

Modelos de desenvolvimento na AL


"Quando se fala de um projeto de desenvolvimento para o século XXI, falamos de recentrar o domínio da política e da democracia em relação ao mercado e de associar as políticas de crescimento à diminuição da pobreza e da desigualdade", escreve Carlos Chacho Alvarez, secretário-geral da Aladi, em artigo publicado no jornal Valor, 13-03-2012.

Segundo ele, "esta mudança de época coincide com a crise de legitimidade do capitalismo, na qual o mundo desenvolvido já não pode exportar suas visões como saber dominante ou hegemônico".

Para Chacho Alvarez, "a democracia, o crescimento e a equidade são dimensões que quase nunca estiveram juntas em nossa região, e isso não é um fato casual ou fortuito".

Eis o artigo.

Na próxima sexta-feira, na sede da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), juntamente com a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), ministros e autoridades da região, debaterão as complementaridades e as convergências dos diferentes modelos de desenvolvimento presentes hoje na América Latina.

Depois de décadas de "sermos pensados a partir de fora da região", quando as políticas econômicas e sociais eram orientadas ou condicionadas pelos organismos financeiros internacionais, a maioria dos países latino-americanos voltou ao exercício de pensar em si por si mesmos, de estabelecer estratégias de desenvolvimento a partir de suas próprias necessidades e de seus interesses reais.

Quando se fala de um projeto de desenvolvimento para o século XXI, falamos de recentrar o domínio da política e da democracia em relação ao mercado e de associar as políticas de crescimento à diminuição da pobreza e da desigualdade.

Esta mudança de época coincide com a crise de legitimidade do capitalismo, na qual o mundo desenvolvido já não pode exportar suas visões como saber dominante ou hegemônico.

Foram abertas as fronteiras do possível. Essa é a razão da importância de avançar na busca de denominadores comuns e de coincidências que deem suporte conceitual ao aprofundamento de um "Projeto de Desenvolvimento para a América Latina no Século XXI".

Não se trata de atualizar o velho desenvolvimentismo economicista dos anos 50, que, em grande medida, separava a política da economia, e esta do desenvolvimento social e da distribuição de renda.

Quando falamos de um projeto de desenvolvimento para o século XXI, falamos de recentrar o domínio da política e da democracia em relação ao mercado e de associar as políticas de crescimento à diminuição da pobreza e da desigualdade.

Uma relação virtuosa na relação entre o Estado e o mercado é a que permite orientar a economia em um sentido estratégico, privilegiar os objetivos produtivos em detrimento dos lucros financeiros e articular o crescimento com um melhoramento gradual na geração de emprego e na distribuição de renda.

Em nosso continente, as crises das décadas perdidas - os anos 80 pela dívida e os 90 pelo desemprego, endividamento e situação social - fizeram que a maioria dos atuais governos melhorasse substancialmente as contas públicas e tivesse bom nível de acumulação de reservas e balanços comerciais e de conta corrente equilibrados.

Quanto ajudaram esta situação a melhoria dos preços internacionais e a emergência da China, o chamado vento de cauda, é uma questão a ser considerada. Mas não se deve tirar o mérito dos governos que conduziram de maneira eficaz essa conjuntura, que tiveram políticas contra-cíclicas para amortizar os efeitos das crises do mundo desenvolvido e que melhoraram muito a vida dos assalariados e dos setores mais vulneráveis.

Assim, é muito difícil encontrar um momento tão favorável para a América Latina, na história recente, em relação à consolidação da democracia, à sustentação do crescimento e à diminuição dos níveis de desemprego, pobreza e indigência.

A democracia, o crescimento e a equidade são dimensões que quase nunca estiveram juntas em nossa região, e isso não é um fato casual ou fortuito, pois tem relação com uma mudança de época que colocou a América Latina como uma das geografias do mundo, onde prevalece uma visão positiva do futuro. Essa percepção da maioria das sociedades é reforçada pelo fato de que a América Latina e o Caribe foram as zonas nas quais o investimento estrangeiro mais cresceu. Isto é, os investimentos estrangeiros continuam vendo os atrativos dos recursos com os quais a região conta e estão cada vez mais atraídos pelos mercados em uma zona que continua se expandindo.

Um fator gravitante da boa situação de um número significativo de países foi precisamente a revalorização da política e da legitimidade dos governantes a partir das conquistas obtidas. Isso permitiu superar falsas e antigas antinomias: Estado versus mercado, desenvolvimento para fora versus mercado interno, inflação versus desenvolvimento, crescimento versus distribuição, e assim poderíamos seguir enumerando opções e contradições que, a partir de diferentes tipos de fundamentalismos, impediram por muito tempo a decolagem da região ou geraram processos descontínuos de avanços e retrocessos.

Hoje vemos como os mercados, a partir da crise europeia, sequestram a democracia e esvaziam a política de conteúdo, deixando-a impotente ou refém do ajuste recessivo. Em outras regiões, desenvolvimentos alucinantes do ponto de vista econômico são levados adiante por governos de partido único, nos quais o poder muito centralizado se dirime em uns poucos funcionários.

A crise de paradigmas, sejam ortodoxos ou heterodoxos, gera em nossa região uma grande oportunidade. Por isso, a importância que damos ao debate, ao intercâmbio de propostas, à busca de complementaridades e ao desafio de articular as estratégias nacionais de desenvolvimento ao espaço comum latino-americano. Vemos, junto com a Cepal, a necessidade de avançar nessa busca, levando em consideração a necessidade de contribuir para o crescimento da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), ponto de partida da tentativa mais ambiciosa para a unidade latino-americana. Um mecanismo ou âmbito que deve ser fortalecido, buscando coincidências a partir do respeito à pluralidade e da convicção de que a maior integração beneficia todos nossos países e nossos povos.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Em dois anos 12,5 milhões vão chegar à classe C

Nos próximos dois anos, 12,5 milhões de pessoas entrarão na classe C e 6,5 milhões vão chegar às classes A e B. A estimativa consta dos resultados da pesquisa "De Volta ao País do Futuro", divulgada ontem pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV).

A reportagem é de Guilherme Serodio e publicada pelo jornal Valor, 08-03-2012.

De acordo com o estudo, as classes A e B somadas vão crescer 29,3% no período, mais do que o crescimento de 11,9% previsto para a classe C. "A classe AB já cresceu, mas vai crescer muito mais rapidamente do que a classe C até 2014", prevê o economista Marcelo Neri, coordenador do levantamento, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Daqui a pouco vamos estar falando da nova classe AB como se fala hoje da nova classe C", afirma ele.

A pesquisa mostra que em pouco mais de duas décadas o Brasil deve multiplicar por 2,3 vezes o tamanho das classes A e B somadas. Em 1993, antes da estabilidade econômica, as duas classes juntas somavam 8,8 milhões de pessoas. As mudanças na pirâmide de classes brasileira projetadas pela pesquisa estimam que, entre 1993 e 2014, 20,2 milhões de pessoas entrarão nas classes A e B.

No mesmo período, outros 72,3 milhões de pessoas devem chegar à classe C, número 1,5 vez maior que os 45,6 milhões que estavam na classe C em 1993. Para Neri, as duas últimas décadas foram notáveis para o crescimento do país e a diminuição da desigualdade depois da chamada década perdida, como ficou conhecido o período da década de 1980 e do começo da década de 1990.

Para o economista, a estabilidade econômica proporcionada pelo Plano Real e o crescimento com distribuição de renda que houve no Brasil, somados à melhora nos níveis de educação da população nas duas últimas décadas, são responsáveis pelo progresso atual. "O que muda o Brasil é fazer mais do mesmo", diz o economista. Entre 2003 e 2011, a média de anos de estudo entre os homens cresceu 13,1%. Entre as mulheres, esse aumento foi de 12,3%.

"A desigualdade social no Brasil está no piso de sua série histórica", afirma Neri. O levantamento divulgado ontem indica que a desigualdade no Brasil vem caindo por 11 anos consecutivos.

O índice de Gini, que mede a desigualdade, calculado a partir da Pnad, da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e do Censo do IBGE, variou de 0,595, em 2001, para 0,519, em janeiro de 2012. O número de 2012 é 3,3% menor que o piso histórico, de 1960. O índice varia entre zero, um país totalmente igualitário, e 1, que marca o máximo de desigualdade. "Essa queda de 2001 para cá é uma queda espetacular", afirma Neri, destacando, no entanto, que o Brasil continua entre os 12 países mais desiguais do mundo.

No acumulado em 12 meses terminados em janeiro de 2012, o Gini caiu 2,1%. A queda no período está 1,6 ponto percentual acima da queda registrada entre os anos de 2002 e 2008 (-1,5%), quando a crise internacional levou o Gini a subir para 0,3% em 2009.

Baseado na Pnad, Neri destaca que no Brasil "a renda dos 50% mais pobres cresceu 68% em dez anos e a renda dos 10% mais ricos cresceu 10%, ou seja, a renda dos 50% mais pobres está crescendo 580% mais rápido do que a renda dos 10% mais ricos em uma década". Para o economista, os brasileiros mais pobres estão vivendo uma espécie de "milagre chinês" e os mais ricos estão em um país relativamente estagnado. A renda familiar per capita cresceu 2,7% entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012.

A pobreza também cai no Brasil. A pesquisa da FGV indica que a pobreza no país registrou queda de 7,9% entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012. Depois de acumular queda de 7,5% entre 2002 e 2008, a pobreza no país aumentou 2,1% em 2009 para voltar a cair em 2010 (-8,8%) e 2011 (-11,7%).

quarta-feira, 7 de março de 2012

Grande Assembleia Guarani Kaiowá: Celebrando a luta

A Grande Assembleia Kiaowá Guarani realizada na Terra Indígena Jaguapiré, fronteira com o Paraguai, divulga a seguinte carta-documento.

Grande Assembleia Guarani Kaiowá: Celebrando a luta

Aos poucos vão chegando as lideranças Kaiowá Guarani, de mais de 30 tekohá, terras indígenas do cone sul do Mato Grosso do Sul, até o local da AtyGuasu, em Jaguapiré, municipio de Tacuru. Ali estarão realizando mais uma decisiva Aty Guasu. Momento de celebrar a luta pela terra e pela vida, fazer a memória da caminhada, com especial reconhecimento de todos os que tombaram e deram sua vida para que hoje os mais de 40 mil Kaiowá Guarani possam continuar essa caminhada.

Em sua bagagem estão trazendo o pouco que necessitam para viver com alegria e indignação, esperança, movidos pela utopia da terra sem males e certeza da conquista de seus direitos.

A chuva e o barro vermelho foram encarados com muita tranqüilidade, pois representaram a benção do grande encontro. Também as pequenas falhas que trouxeram alguns atrapalhos em nada tiraram o ânimo dos participantes. Até mesmo as diferenças e tensões foram encarados e tratados com muita maturidade e habilidade.

A Aty Guasu foi marcada pelo tom enérgico das denúncias e da firme cobrança de respostas urgentes por parte dos governantes. O não cumprimento das datas para a conclusão e publicação dos relatórios de identificação das terras foi o alvo de maiores cobranças. Não mais agüentam serem enganados com promessas e mais promessas. E diante desse quadro a única atitude que lhes resta é a do movimento em direção a seus tekohá, ou seja, as retomadas. A terra do Mato Grosso do Sul continua sendo manchado com sangue indígena. Grande parte da produção do Estado está marcada com o sangue dos povos nativos, especialmente o Kaiowá Guarani

Presenças importantes

Estiveram nesta Aty Guasu várias pessoas de relevada importância dentro dos poderes da nação, dentre as quais a desembargadora Kenarik. “O Judiciário brasileiro precisa saber dos reflexos do descumprimento da sua obrigação, que é fazer justiça. Nesse caso, acaba criando mais injustiça e isso é gravíssimo. É preciso ter consciência de que a falta de decisão está fomentando situações muito tristes que estamos vendo agora, especialmente em Mato Grosso do Sul”, disse Kenarik Baujikian à Agência Brasil.

Também estiveram na Aty Guasu Paulo Maldos, pela Secretaria Especial da Presidencia da República e uma delegação da Funai e outros ministérios.

Solidariedade e justiça

Depois da ultima Aty Guasu, realizada no Passo Piraju, em outubro do ano passado houve duas retomadas – o tekohá Mbarakaí – Pielito Kue e Guaivyiri. Ambas sofreram fortes violências por parte dos pistoleiros e fazendeiros – despejos, queima dos barracos, tiros e violência. Nisio Gomes, líder religioso do acampamento de Guaivyri foi assassinado e seu corpo levado pelos fazendeiros-pistoleiros e ate hoje não encontrado. No inicio desta Aty Guasu foi lembrado com muito respeito e dor mais esse assassinado, com um minuto de silêncio em memória do guerreiro que tombou na luta pela terra de seu povo.

Houve grande repercussão nacional e internacional dessas violências. A Anistia Internacional promoveu uma campanha na qual pediam ao governo brasileiro a investigação independente e exaustiva desse assassinato, proteção às comunidades e lideranças ameaçadas e a imediata demarcação das terras Kaiowá Guarani, conforme compromisso assumido pelo governo brasileiro através de leis internacionais e a Constituição brasileira. Na carta enviada às autoridades brasileiras diz Cristina Fernandes, da Espanha “Sirva minha carta para expressar-lhes, como cidadã do mundo, minha grande tristeza diante do assassinato, a pobreza, a desnutrição e alto índice de suicídio entre os 60 mil indígenas da região e recordar-lhe que a diversidade e as minorias devem ser cuidadas e protegidas frente à força das grandes companhias e homens armados, como a mais importante riqueza de seu país”.

A delegação de Guaviri presente na Assembleia lembrou com emoção e lágrima todo o drama por que passaram e a morte de seu líder Nisio. Ao mesmo tempo puderam sentir a solidariedade e carinho de seus parentes Kaiowá Guarani e da solidariedade nacional e internacional.

Igual campanha também foi feita em favor da comunidade de Larranjeira Nhanderu, que está com ordem de despejo. Zezinho falou de forma enfática sobre a importância dessas centenas de cartas de 17 paises que pedem a imediata suspensão da ordem de despejo e a imediata demarcação dessas e de todas as terras indígenas Kaiowá Guarani. A Aty Guasu decidiu enviar carta ao desembargador Antonio, solicitando, em nome de todo povo Guarani Kaiowá, que a comunidade de Laranjeira Nhanderu possa não seja jogada na beira da estrada, mas possa permanecer onde está enquanto se concluem os estudos de identificação dessa terra indígena.

Exigências

Os participantes da Atay Guasu fazem as seguintes exigências

“Reafirmamos nossas principais exigências e compromissos

1. Continuaremos retomando nossos tekohá, nossas terras tradicionais, como único jeito de contribuir com o Estado brasileiro, para que ele pague sua dívida histórica, de muito sangue e sofrimento, reconhecendo e demarcando nossas terras.

2. Vamos dar mais 60 dias para que todos os relatórios de identificação de nossos territórios sejam publicados. Não vamos esperar quietos, vamos esperar agindo, fazendo movimento, nos unindo e organizando cada vez mais.

3. Que o governo federal inicie o mais rapidamente possível a indenização dos títulos que ele deu nas colônias agrícolas de Iguatemi, Sete Quedas e Dourados, e que estão em terras indígenas já reconhecidos, como gesto concreto de vontade polícia de resolver a questão da regularização de nossas terras.

4. Que o governo não conceda mais empréstimos às propriedades e empresas que tem produção dentro das terras indígenas já reconhecidas.

5. Pedimos que nas terras já reconhecidas como indígenas, os ocupantes não índios sejam retirados e nós possamos ocupá-las, enquanto os processos tramitarem na justiça. Que o Ministério Público batalhe por isso junto à justiça.

6. Que a polícia federal e Guarda Nacional deem segurança a nossas lideranças, ameaçadas, e a nossas comunidades, especialmente as que estão em situação de conflito, nas retomadas.

7. Que os inquéritos sobre os assassinatos de nossas lideranças sejam concluídos com rapidez, os responsáveis punidos, como único jeito de acabar com a situação de impunidade existente.

8. Exigimos dos órgãos competentes pelas políticas publica de saúde e educação, que atendam e sejam mais sensíveis e responsáveis com as demandas emergenciais que atingem os Guarani kaiowa.

9. Que o governo, suas representações e instituições responsáveis pelas políticas para com os povos indígenas, se mantenham atentos às suas demandas especificas numa relação de construção conjunta onde os Guarani kaiowa sejam ouvidos e reconhecidos em sua autonomia e diversidade cultural.

10. Exigimos das autoridades governamentais e não governamentais que reconheçam nossos direitos garantidos na lei (Constituição Federal). Queremos ser tratadas de igual para igual. Que todos os direitos escritos no papel sejam cumpridos, na educação, saúde e em termos da sociedade e da terra. Porque, cansamos de ser enrolados, enganados e iludidos pelo governo federal.

Pedem também especial atenção e urgência para as situações dos acampamentos e as situações de conflitos e tensões nas retomadas.

Com muita celebração, compromisso e fortalecimento na luta, realizou-se mais um marco difícil e desigual luta pelos direitos, especialmente pelo reconhecimento e garantia da terra.

terça-feira, 6 de março de 2012

Líder do PT reforça posição contra o aumento das barcas no Rio.

Líder do PT reforça posição contra o aumento das barcas no Rio

Jorge Lourenço, Jornal do Brasil

05/03 às 18h30 - Atualizada hoje às 12h23


Listado como um dos deputados que votaram a favor das barcas no manifesto divulgado pelo grupo Anonymous, o deputado estadual André Ceciliano (PT) esclareceu que a bancada petista foi contra a mudança da tarifa. Como a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) não tem mais a permissão de aprovar ou não os aumentos nos meios de transporte, o PT foi favorável apenas ao subsídio do governo. Se a passagem não fosse subsidiada, os usuários do Bilhete Único também pagariam R$ 4,50, e não R$ 3,10.

"Foi uma emenda nossa que garantiu a realização obrigatória de auditoria externa e independente no transporte aquaviário, que deverá ser apresentada na Alerj e poderá indicar a redução da tarifa", ressaltou o líder do PT na Alerj.

Em nota, André Ceciliano disse que "nossa bancada, na mesma votação, assinou também projeto de lei que inclui as barcas que operam em Paquetá, Ilha do Governador e nos municípios de Angra dos Reis e Mangaratiba no Bilhete Único intermunicipal, e aprovou o direito a duas viagens aquaviárias gratuitas por dia para moradores de Paquetá e Ilha Grande, devidamente cadastrados".

Competência

Hoje, a Agência Reguladora de Transportes do Rio (Agetransp) é o único órgão que tem competência para aprovar ou não aumentos das tarifas em meios de transportes. Cabe à Alerj, no entanto, aprovar a indicação dos integrantes do conselho da Agetransp. O quadro atual foi aprovado em 2009 e não recebeu o apoio do PT.

http://m.jb.com.br/informe-jb/noticias/2012/03/05/lider-do-pt-reforca-posicao-contra-o-aumento-das-barcas-no-rio/

1° Encontro Regional da Pastoral da Juventude do Meio Popular - PJMP - Rio de Janeiro.



1° Encontro Regional da Pastoral da Juventude do Meio Popular - PJMP - Rio de Janeiro.

Dia 11 de março de 2012, a partir das 12h com Almoço.

Na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem - Rocinha.

Estrada da Gávea 455 - Rocinha - Rio de Janeiro.

Aguardamos sua presença!!!!

Maiores informações pelo contato abaixo:

Contato - Ronaldo Castro - Email: ronaldo.pt@gmail.com

domingo, 4 de março de 2012

Reunião do JPC - PJMP em Nova Iguaçu - RJ.



Ontem dia 03/03/2012, tivemos uma reunião muito produtiva com o grupo de militantes Juventude, Política e Cidadania (JPC), da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), em Nova Iguaçu - RJ, onde tivemos diversos encaminhamentos concretos para ajudar na organização, articulação e acompanhamento dos grupos jovens de bases da PJMP no estado do Rio de Janeiro!!!!


Obrigado aos amigos e amigas do JPC e PJMP que compareceram ao encontro:Ronaldo Castro, Guilherme Monteiro, Simone Serafim, Daniele Alves Ribeiro, Clodoaldo, Janaína, Patrícia, Renato, Eduardo Nascimento, Márcia, Robson e Soraia!!!!

Ronaldo Castro