Segue na integra o que nosso companheiro escreveu:
Lindberg passa por cima de Lula – Fonte Site do Jornal O DIA – Dia: 24/09/09
Prefeito de Nova Iguaçu muda o discurso e agora diz que nem o pedido do presidente o faz desistir de candidatura.
Prefeito de Nova Iguaçu muda o discurso e agora diz que nem o pedido do presidente o faz desistir de candidatura.
Comentário do Blog
É fato que o PED no Estado do Rio de Janeiro está polarizado pelas duas posições as quais esta matéria do jornal O Dia se refere, só quem não conhece o partido, avalia que tal disjuntiva é artificial, muito embora o desfecho da disputa presidencial do PT não defina à priori a tática eleitoral que o partido irá escolher.
Nem a vitóiria do deputado Luiz Sérgio na disputa define que o partido vai apoiar a reeleição do governador Sérgio Cabral e nem a de André Taffarel, Bismark Alcântara ou Lourival Casula sinalizam que o PT irá marchar com a candidatura própria ao governo do Estado, já que no apoio tanto do primeiro quanto dos demais, existe dúvida em relação a posição que o partido deve seguir, inclusive sobre o efeito que o apoio a Cabral terá no desempenho do partido nas eleições proporcionais e na disputa ao senado.
Primeiro, que é inegável que a posição do presidente Lula e a política nacional terão peso nesta definição. Segundo, porque o sentimento da base militante do PT é em favor da candidatura própria. Posição fortalecida pela insatisfação de setores partidários que foram alijados da ocupação de espaços e cargos na máquina administrativa do estado e da sua capital, governadas pelo PMDB. Terceiro, porque qualquer cálculo político e eleitoral constata que o melhor dos mundos para candidatura da ministra Dilma à Presidência da República, é poder contar com os palanques de Lindberg, Cabral e Garotinho. Quarto, porque o governo Sérgio Cabral, em função das suas escolhas programáticas, não goza de grande popularidade, em particular junto aos movimentos sociais e ao sindicalismo fluminense,que, em sua maioria, ora é polarizado pelo PSTU e pelo PSol, ora pelo PT e pelo PCdoB. Quinto, porque o apoio do PT ao seu governo jamais assumiu a condição de aliança, PT-PMDB - muito menos sólida como apregoam alguns -, mas de pura e simples adesão.
Aliança pressupõe reciprocidade e mediações programáticas, algo que não se verifica no Estado do Rio. Declarações, como as atribuídas ao presidente Lula e de alguns dirigentes do partido no estado, em favor da aliança com Cabral, reforça a idéia de adesão, pois não dão margem de negociação para o partido, em relação a montagem de uma chapa majoritária, composta não só pelo candidato ao governo, mas também a vice e as duas vagas ao senado. O resultado é que isso fortalece ainda mais a proposta de candidatura própria, até porque hoje Cabral precisa mais do PT, do que a candidatura Dilma precisa dele, se confirmadas as candidaturas de Gabeira e Garotinho ao governo do estado.
Quando aqui se trata de declarações atribuídas, é que nesse momento deve-se lidar com extremo cuidado com o que é divulgado pela mídia, e não se pautar única e exclusivamente pelo que ela publica. As estreitas relações entre o presidente Lula e o prefeito Lindberg Farias não conferem veracidade ao tom das declarações atribuídas ao segundo, pela matéria do jornal O Dia, que desencadeou as demais declarações.
Se o petismo no Estado do Rio, inclusive os defensores do apoio à Cabral. lograsse tratar a candidatura Lindberg como um trunfo, não, como trata em geral a grande mídia, como um problema, quem ganharia com isso é o partido, a candidatura Dilma e o povo do Estado do Rio de Janeiro.
http://flavio-loureiro.blogspot.com/2009/09/jornal-o-dia-alimenta-divergencias-no.html
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