Informa a Agência Estado:
“Principal adversário do governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), negocia com o PDT a formação de uma chapa majoritária no Estado, na tentativa de fortalecer sua candidatura ao governo. O PDT teria garantido um candidato ao Senado, em troca do apoio a Lindberg.
Embora o futuro político de Lindberg dependa da escolha da nova direção estadual do PT, o prefeito tenta desde já arregimentar aliados, para garantir a candidatura própria do partido, o que contraria a orientação do comando nacional petista e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favoráveis à aliança com Cabral no primeiro turno.
‘Reivindicamos a chapa majoritária. Sem isso, o partido não deverá apoiar ninguém. Vamos buscar uma terceira via ou candidatura própria’, disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do partido. ‘O PDT precisa se fortalecer.’
O ministro defende a formalização do apoio do PDT à pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e já conversou com o presidente Lula sobre as dificuldades da aliança dos petistas com o PMDB no Rio. ‘O presidente diz que vai se empenhar pela aliança com o governador Cabral, mas não critica o Lindberg’, disse Lupi.”
A informação que nos é dada, através do texto reproduzido acima, pela Agência Estado, comprova que Lindberg Farias, Prefeito petista de Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro, está mesmo fazendo de tudo para viabilizar sua candidatura.
A possibilidade de chegada do PDT em uma possível chapa de apoio a Lindberg demonstra que a pré-candidatura do petista pode acabar ganhando corpo, o que com certeza incomodaria muito o Governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição, que está às voltas com as dificuldades para se reeleger que não quer nem pensar em ver o PT fora da sua base de sustentação.
A questão é que Lindberg não apóia a ideia de o PT estar com o Governador e requer fortemente sua candidatura. Usa como argumento, inclusive, o fato de que Geddel Vieira Lima, do PMDB, rompeu com o Governador Jaques Wagner, do PT, na Bahia. Lindberg diz isso para tentar convencer o Presidente Lula a não ir contra sua candidatura, argumentando que se Geddel pode abandonar o PT na Bahia, o PT pode abandonar Cabral no Rio de Janeiro.
Se por um lado Lula não parece estar muito receptivo à ideia, por outro é possível perceber que ele também não a rechaça totalmente. Dizem que o Presidente, sabendo das dificuldades de Cabral, tem o receio de não ter um palanque para Dilma no segundo turno fluminense, o que poderia fazer com que ele incentivasse outros palanques governistas. A simpatia pela candidatura do ex-Governador Anthony Garotinho comprova isso. Quem sabe Lindberg não pode vir a “ser” o terceiro palanque?
A declaração de Carlos Lupi, reproduzida acima, mostra que isso é possível. Lupi diz que Lula apóia Cabral mas não critica Lindberg.
Pode ser que, contra algumas previsões, Lindberg realmente se viabilize e ainda conte com o PDT em sua chapa, o que atrapalharia mais ainda a vida de um Sérgio Cabral que tem a má imagem do PMDB, a baixa aprovação do governo, o mau desempenho nas pesquisas para um Governador tentando a reeleição, a violência crescente no Rio de Janeiro e a união da oposição atormentando seu sono.
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